<b>Acqua Park em Caldas Novas (GO)</b>: hub foca no desenvolvimento da atividade turística no país e na retomada do turismo em 2022 (Pablo Regino (MTur)/Flickr)
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Publicado em 4 de fevereiro de 2022 às 09h00.
O Ministério do Turismo lançou, em junho de 2021, o Portal de Investimentos. Ele funciona como um “portfólio digital” de projetos em desenvolvimento que buscam investimentos, aproximando investidores, empreendedores e poder público. Além de dar transparência às ações em andamento, a iniciativa aprimora as articulações do Ministério do Turismo com o setor privado e com governos locais.
Em um hub virtual, acessível nas versões inglês e espanhol, estão disponíveis o portfólio digital de projetos no setor de turismo e um marketplace de projetos em diferentes áreas: aventura, cultura/lazer, desportivo, ecoturismo, médico/bem-estar, náutico, negócios e eventos, pesca, religioso, rural e sol/praia.
De parques nacionais a hotéis, passando por parcerias público-privadas, o portfólio da plataforma recebe diferentes tipos de projetos com foco no desenvolvimento da atividade e na geração de empregos no país.
Entre as parcerias e concessões disponíveis no portal estão o Programa de Desestatização e Concessão de Imóveis da União, o Programa Revive – que visa recuperar patrimônios históricos e culturais subutilizados e degradados para aproveitamento turístico –, iniciativas de mobilidade e conectividade turística e concessão de parques nacionais.
Em seis meses de atividade, o Portal de Investimentos já tem 69 projetos aprovados, com investimentos previstos da ordem de mais de R$ 30 bilhões e potencial para a geração de mais de 120 mil novos empregos. Dessa forma, a plataforma já mostra seu potencial de desenvolvimento da atividade turística no país, em especial no momento da retomada do turismo em 2022.
Em 2019, o Brasil ocupava a 71ª melhor competitividade global entre 141 países listados no ranking do Fórum Econômico Mundial. No entanto, nos últimos três anos, o governo federal tem trabalhado para garantir segurança jurídica e promover a melhora do ambiente de negócios voltados para o turismo.
São medidas como a isenção de vistos para americanos, canadenses, australianos e japoneses, a concessão de 22 aeroportos no país e a abertura do mercado de aviação civil ao capital estrangeiro, possibilitando que empresas internacionais com até 100% de capital estrangeiro atuem no Brasil.
Em 2021, o Brasil foi o quinto colocado no comparativo de competitividade, e o segundo melhor colocado no comparativo de qualidade do turismo entre países da América Latina, segundo o fDi Benchmark, serviço do Financial Times Group.
Sob o comando do ministro do Turismo, Gilson Machado, uma das missões da pasta é facilitar a atração e a captação de investimentos privados do setor no Brasil de forma competitiva, transparente e sustentável.
A meta do ministério é duplicar o número de turistas internacionais até 2030, que em 2019 foi de aproximadamente 6 milhões, e impulsionar ainda mais um mercado que, hoje, conta com mais de 77.000 empresas e, em 2019, correspondia a 7,7% do produto interno bruto (PIB) brasileiro, cerca de R$ 596 bilhões, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).