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Plant-based: quatro empresas se unem para criar associação para fortalecer o setor

Um dos primeiros focos da entidade será trabalhar para que os produtos do setor tenham o mesmo tratamento tributário dos de origem animal

Executivos à frente da Base Planta: associação quer ter mais competitividade e acelerar o setor (Base Planta/Divulgação)

Executivos à frente da Base Planta: associação quer ter mais competitividade e acelerar o setor (Base Planta/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 17 de julho de 2023 às 09h00.

Última atualização em 17 de julho de 2023 às 15h22.

Quatro empresas de plant-based se juntaram para criar a Base Planta, uma associação para ajudar no desenvolvimento do setor de comidas feitas à base de planta. As conversas para formar a entidade começaram no início do ano e envolveram as marcas NotCo, NUDE., Positive Company e Vida Veg. O lançamento oficial é nesta segunda-feira, 17.

O objetivo inicial será trabalhar para que os produtos a base de planta tenham o mesmo tratamento tributário dos de origem animal. Um exemplo é o leite. De acordo com a Base Planta, enquanto o leite vegetal paga tributo federal de 9,25%, o leite UHT (de origem animal) não carrega a taxa.

“A igualdade de tratamento tributário precisa se tornar uma realidade, considerando o potencial de experimentação e demanda por produtos vegetais pelos brasileiros nos próximos anos”, afirma Thiago Augusto, diretor financeiro da NotCo no Brasil. “Nosso objetivo é buscar a união entre todas as marcas, reconhecendo que cada uma delas pode se beneficiar com essa associação”.

O cenário pode mudar com a reforma tributária, mas ainda não há garantias:

“Com base nas informações disponíveis, não é possível prever com precisão como a reforma tributária irá se desenrolar no futuro. Vamos acompanhar de perto os debates e os desdobramentos”, diz Augusto.

A visão da entidade é que, conseguindo igualar os tributos, terão uma participação mais competitiva no mercado. Hoje, uma das dores do setor — e uma das principais reclamações dos consumidores — é o preço dos produtos.

LEIA TAMBÉM: Mercado plant-based aumenta aposta na mudança de hábitos dos consumidores

O que a associação vai fazer

Além de atuar no ponto tributário, inicialmente a associação fará reuniões conjuntas entre as equipes das empresas para discutir as estratégias relacionadas ao mercado plant-based. O objetivo é saber quais outros pontos podem ser trabalhados e desenvolvidos para acelerar o mercado. Também serão buscadas conversas com autoridades do país.

As empresas que estão na associação

A associação começa com quatro empresas do setor:

  • NotCo: empresa com origem no Chile e que atua hoje em 12 países, a maioria da América Latina. Também estão nos Estados Unidos, Canadá e Austrália. No Brasil, são mais de 2 mil pontos de venda. Entre os produtos estão no portfólio da companhia estão o NotMilk e o NotBurger.
  • NUDE: empresa brasileira que destaca o fato de calcular todas as etapas da cadeia produtiva e estampar a pegada de carbono na embalagem. O negócio começou em 2020, desenvolvendo alimentos a partir da aveia. Na lista de produtos há bebidas e cremes.
  • Positive Company: criada em Fortaleza há cinco anos, a empresa é dona de marcas como A tal da Castanha, Possible e Plant Power.
  • Vida Veg: Fundada em 2015 e com unidade fabril em Lavras (MG), hoje está presente em mais de 6 mil pontos de venda. Na sua lista de produtos estão igourtes, leites e manteigas vegetais.
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