Negócios

Plano de recuperação da refinaria de Manguinhos é aprovado

O plano aprovado prevê que os recursos do fluxo de caixa sejam destinados aos credores e ao pagamento das obrigações assumidas durante o processo

Manguinhos: plano prevê pagamentos escalonados, à vista ou parcelados, informou a companhia, em nota (Facebook/Reprodução)

Manguinhos: plano prevê pagamentos escalonados, à vista ou parcelados, informou a companhia, em nota (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 18h55.

Rio - Os credores da Refinaria de Petróleos Manguinhos aprovaram integralmente o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia em assembleia, nesta sexta-feira, 16.

O plano prevê pagamentos escalonados, à vista ou parcelados, informou a companhia, em nota.

A companhia passa por processo de renovação desde o final de 2014, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter suspendido a desapropriação da refinaria decretada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2012. A produção foi suspensa na ocasião, retornando à atividade apenas em 2015.

O plano de recuperação aprovado prevê que os recursos do fluxo de caixa da empresa sejam destinados aos credores e ao pagamento das obrigações assumidas pela Refinaria durante o processo de recuperação judicial.

Os credores foram divididos em três classes.

Na classe I, que inclui dívidas trabalhistas antigas, o pagamento será realizado em 12 meses, que contemplará 100% dos valores devidos, oriundos de verbas rescisórias.

Na classe II, a proposta é de pagamento de 10% do valor devido à vista ou 50% do valor devido em 120 meses (reajustados pelo índice da poupança) ou 60% do valor devido em 180 meses (também reajustados pela poupança).

Na classe III, que inclui os credores com valor maior a receber, a proposta de quitação da dívida é a mesma que a da classe II, mas a opção inclui a determinação de que qualquer crédito originário de venda de ativos e de recebimentos extras, como pagamentos realizados a partir de decisões judiciais, sejam destinados para quitação do débito existente, sendo os valores divididos proporcionalmente entre os credores que optaram por essa modalidade.

Os credores das classes II e III terão 30 dias a partir da homologação para optarem pela forma de pagamento.

A refinaria prevê fechar 2016 com volume médio mensal de produção de 45 milhões de litros de gasolina, alta de 40% em relação ao ano anterior, quando a produção atingiu 32 milhões de litros por mês. Atualmente, são gerados cerca de 300 empregos diretos na unidade.

Acompanhe tudo sobre:PetróleoRecuperações judiciaisRio de Janeiro

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade