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Plano Controle é o catalisador do resultado, diz executivo da TIM

Crescimento na TIM está relacionado à migração de clientes que estavam em planos pré-pagos, além do ganho de usuários por portabilidade

TIM: teve um dos melhores resultados da série histórica, segundo o executivo (Lianne Milton/Bloomberg)

TIM: teve um dos melhores resultados da série histórica, segundo o executivo (Lianne Milton/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2017 às 14h07.

São Paulo - O diretor-presidente da TIM, Stefano De Angelis, destacou o avanço no ganho de clientes pós-pagos, especialmente nos planos chamados Controle - que geram receita recorrente. Esse crescimento está relacionado à migração de clientes que estavam em planos pré-pagos, além do ganho de usuários oriundos da portabilidade de outras operadoras, onde a TIM teve um dos melhores resultados da série histórica, segundo o executivo.

"O que vai mudar o resultado mês a mês é o plano Controle. Ele é o catalisador dos 'net adds' (adição líquida de clientes)", afirmou nesta quarta-feira, 26, referindo-se à importância de consolidar o faturamento recorrente.

O diretor de operações, Pietro Labriola, explicou que os planos TIM Black, lançados recentemente, não são destinados à ampliação do número de clientes da base total, mas sim para aumento do faturamento e da rentabilidade junto a consumidores das classes A e B.

"O TIM Black é ponto de partida para reposicionamento da marca para as classes A e B, com contínuo desenvolvimento da oferta", explicou, referindo-se a pacotes com maiores volumes de dados, uso de aplicativos e serviços digitais, a preços mais elevados. "A briga nesse segmento é para crescimento de Arpu (receita média por usuário)", ressaltou.

De Angelis ressaltou ainda o foco da TIM no desenvolvimento das redes e destacou a chegada da cobertura 4G a 2 mil cidades neste mês, conforme antecipado nesta terça-feira, 25, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com isso, a operadora antecipou a meta inicialmente prevista para o fim deste ano.

Fusão com Oi

Stefano De Angelis reiterou que a possibilidade de uma fusão com Oi só voltará a ser avaliada após o desenrolar do processo de recuperação judicial da operadora.

O executivo lembrou que uma possível integração com a Oi já foi estudada no passado, considerando que há grandes sinergias entre as empresas. Enquanto a TIM tem uma grande rede de clientes de telefone e internet móvel, a Oi possui concessão de telefonia fixa, uma rede de abrangência nacional, e vem ampliando os negócios de TV por assinatura e banda larga. No entanto, as conversas foram interrompidas por conta do processo de recuperação.

"O que ressaltamos é que a situação da Oi está, agora, em outra mesa de discussão", ponderou De Angelis. "Quando os aspectos comerciais e industriais da Oi voltarem a ser a principal alavanca de qualquer análise, vamos avaliar as possibilidades de consolidação", disse o executivo.

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