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Pizza Hut gera revolta ao parodiar greve de fome de palestinos

Publicação no Facebook atribuída à franquia israelense provocou a indignação palestina e convocações a boicotar a Pizza Hut

Pizza Hut: post da empresa utilizou a greve de fome adotada no dia 17 de abril por centenas de palestinos detidos em prisões israelenses como tema de propaganda (Getty Images/Getty Images)

Pizza Hut: post da empresa utilizou a greve de fome adotada no dia 17 de abril por centenas de palestinos detidos em prisões israelenses como tema de propaganda (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2017 às 10h41.

A rede de restaurantes Pizza Hut pediu desculpas pela iniciativa de sua franquia israelense, que utilizou a greve de fome dos prisioneiros palestinos para fazer sua publicidade.

A publicação no Facebook atribuída à franquia israelense provocou a indignação palestina e convocações a boicotar a Pizza Hut.

O post em questão utiliza a greve de fome adotada no dia 17 de abril por centenas de palestinos detidos em prisões israelenses, convocada por Marwan Barghuthi, figura popular entre os palestinos e considerado terrorista por Israel.

Barghuthi cumpre cinco condenações de prisão por seu papel em mortíferos atentados durante a Segunda Intifada (2000-2005).

As autoridades israelenses divulgaram no domingo dois vídeos de Marwan Barghuthi em sua cela, filmados sem seu conhecimento, nos quais ele aparece comendo, quando supostamente deveria estar em greve de fome.

A divulgação das imagens pretende desacreditá-lo. Seus partidários denunciam uma montagem.

A Pizza Hut Israel utilizou estas imagens para inserir nelas uma caixa de pizza no chão da cela, segundo as capturas de tela da montagem amplamente compartilhadas nas redes sociais.

"Barghuthi, se você tem que parar a greve, o melhor não seria fazer isso com uma pizza?", diz a frase publicitária.

A imagem desapareceu na manhã desta quarta-feira da página do Facebook.

Um porta-voz da Pizza Hut International se desculpou em nome da empresa.

"Este ato era totalmente inapropriado e não reflete os valores de nossa marca", respondeu em uma mensagem enviada na noite de terça-feira à AFP.

"A franquia no país em questão retirou" a publicação, disse. "Se alguém se sentiu ofendido, lamentamos sinceramente", acrescentou.

Mais de 850.000 palestinos foram detidos por Israel desde a ocupação, em 1967, de seus territórios, segundo seus dirigentes. Os grevistas de fome pedem melhores condições de detenção e mais visitas familiares ou médicas.

O uso destas imagens provocou reações de militantes palestinos nas redes sociais, nas quais é convocado um boicote à marca, especialmente com a hashtag #boycott_pizzahut.

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