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Pimpolho investe R$ 40 milhões com objetivo de triplicar a receita

Em três anos, marca saiu de 3 mil itens únicos para o patamar de 7 mil

Ricardo Brito: "A gente hoje entende com a gestão descentralizada é que a marca está acima de qualquer questão familiar" (Pimpolho/Reprodução)

Ricardo Brito: "A gente hoje entende com a gestão descentralizada é que a marca está acima de qualquer questão familiar" (Pimpolho/Reprodução)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 2 de abril de 2022 às 07h00.

Nos últimos 60 anos, a marca capixaba Pimpolho conquistou a preferência de pais e mães de primeira infância ao oferecer principalmente roupas e calçados. Agora, a empresa decidiu investir 40 milhões de reais com o objetivo de diversificar seu portfólio.

Nos últimos três anos, a marca já havia começado a lançar novos itens. A Pimpolho saiu de 3 para 7 mil itens, que incluem variações de cor e tamanho do mesmo produto. Assim, esse  número de deve chegar a 9 mil.

Agora em 2022, quer lançar mais 2.200, principalmente brinquedos e produtos de puericultura. O termo é usado para se referir ao trabalho de cuidado com recém-nascidos. Todos os lançamentos são com base no setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa.

Em 2021, a receita da empresa foi 8% que a de 2020, que já apesar da pandemia cresceu 8% em relação a 2019..

Entre os produtos de mais sucesso, estão copos “de treinamento”, mordedores, alimentação  e naninhas com 30 modelos diferentes.

“Há uns 17 anos buscamos algo que não fossem só os calçados. De lá para cá, isso só cresceu. Vimos uma sinergia para oferecer outros produtos, porque as pessoas já vão às próprias lojas. Tem outros produtos pedidos pelos próprios lojistas”, explica Ricardo Brito, diretor da Pimpolho.

Ricardo faz parte da terceira geração da família capixaba que fundou e ainda comanda empresa. Para ele, a gestão descentralizada e a autonomia dos gestores pode definir o sucesso de uma empresa familiar.

“A gente hoje entende com a gestão descentralizada é que a marca está acima de qualquer questão familiar. Nesse formato de gestão que a gente desenhou, o importante é não tirar o peso do gestor, mas isso sem que a empresa perdesse velocidade", pontua Ricardo.

O diretor também explica que a pandemia forçou a empresa a deixar de lado qualquer excesso de cultura familiar dentro dos processos.

“Isso porque os gestores precisaram tomar decisões com mais agilidade. A gente começou a ressaltar mais a marca, acima da família, para profissionalizar mais o negócio da família, fortalecendo os gestores e deixando claro quem eles são, para que eles tomassem a frente”, explica Ricardo Brito. “A pimpolho é concentrada é na primeiríssima infância, então o usuário não tem pouco ou nenhum infância. é diferente do kids, em que a criança tem desejo pelo personagem. Então a nossa marca precisa se conectar com a mãe. O nosso cliente mesmo é o adulto, elas são um cliente exigente".

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