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Pimentel considera estratégica fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar

A fusão seria importante para colocar os produtos brasileiros no exterior e "aumentar a capacidade de exportação", disse o ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel

Ministro Fernando Pimentel: aporte do BNDES na operação está em estudo (Antônio Cruz/ABr)

Ministro Fernando Pimentel: aporte do BNDES na operação está em estudo (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 23h42.

São Paulo - O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, qualificou nesta quarta-feira a possível fusão das redes de supermercados Carrefour e Pão de Açúcar como "estratégica" para o Brasil e aprovou a participação Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio.

A fusão seria importante para colocar os produtos brasileiros no exterior e "aumentar a capacidade de exportação" no momento que o país discute "a necessidade de diversificar a pauta exportadora", declarou Pimentel em audiência na Câmara dos Deputados.

O grupo francês Carrefour anunciou na terça-feira que estuda a proposta da empresa Gama para fundir seus ativos brasileiros com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do Grupo Pão de Açúcar, que tem como sócio na rede de supermercados outra empresa francesa, a Casino.

A oferta de "associação estratégica", analisada pelo conselho de administração do Carrefour, procura criar um "ator de referência da distribuição brasileira, combinando os ativos do Carrefour e da CBD em uma sociedade compartilhada em partes iguais", declarou o grupo francês em comunicado.

Pimentel também se mostrou favorável ao possível ingresso de recursos da ordem de R$ 4 bilhões por parte do BNDES na operação para facilitar a reestruturação do grupo brasileiro a partir da possível associação com o Carrefour.

"É uma operação que tem méritos. O banco tem autonomia para avaliá-la, julgar o risco e fazer ou não o aporte de recursos necessários", afirmou Pimentel, descartando que a fusão concentre o mercado de varejo no novo grupo.

"Pelos dados do setor, se a fusão se concretizar só vai concentrar 26 ou 27%, no máximo, do mercado de consumo varejista", ressaltou Pimentel.

A Força Sindical pediu através de comunicado que a fusão "preserve os empregos" e seja feita com total "transparência", mas alertou sobre os riscos de um "monopólio" no setor.

Para concretizar a fusão, será necessária a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que faz ressalvas ao negócio pela possível concentração de mercado.

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