Tamanho: picape será maior que as rivais já vendidas no Brasil (Great Wall Motor/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 3 de agosto de 2021 às 15h59.
Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 01h04.
Reportagem atualizada no dia 4 de agosto de 2021. Diferentemente do que havia sido publicado, o lançamento do modelo não foi confirmado pelo fabricante.
Como a chinesa Great Wall Motor chegará ao mercado brasileira ainda é um mistério – e boatos dizem até que poderá comprar a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). Mas uma aposta é dada como certeira pelo setor: haverá uma picape grande para brigar com Chevrolet S10, Ford Ranger e Toyota Hilux. E, além do tamanho, a novidade deverá ter pacote de equipamentos generoso.
Batizado Poer, o modelo mede 5,41 metros de comprimento; 1,93 m de largura e 1,88 m de altura. Isso significa que a estreante será maior que as rivais já vendidas por aqui. Em relação à motorização, a nova representante da Great Wall Motor tem duas opções para o mercado asiático: 2.0 turbodiesel com 163 cv de potência e 2.0 turbo a gasolina com 190 cv, sempre com tração 4x4.
Quanto às comodidades, a picape oferece – ao menos lá fora – câmeras 360°; bancos com aquecimento e ajustes elétricos; chave presencial com partida por botão; central multimídia com tela de 8 polegadas compatível com Apple CarPlay; quadro de instrumentos digital; piloto automático adaptativo; frenagem de emergência; reconhecimento de placas de trânsito; e sensor de pneus.
Vale lembrar que a chegada da marca ao nosso mercado já é especulada há quase uma década. E, desde então, a Great Wall Motor já participou do Salão do Automóvel de São Paulo e até registrou o SUV H6, comercializado pela submarca Haval e concorrente do Volkswagen Tiguan Allspace, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o que indica a possibilidade de chegada.
“Temos um plano de globalização e internacionalização da marca. Estamos analisando várias regiões e a América do Sul é uma delas, com foco em Brasil e Argentina. Neste momento, posso dizer que estamos analisando os estudos. Mas realmente é um mercado importante para a empresa”, diz Anderson Suzuki, diretor de planejamento de produto da empresa, em entrevista à Exame.
Para o executivo, a principal dificuldade para o início das operações se deve à complexidade tributária e à falta de acordos comerciais (que também são empecilhos para trocas com outros mercados). Também foi citado por Suzuki o “custo Brasil”, que envolve desde custos com logística até gastos fiscais, como um dos responsáveis por reduzir a competitividade global da nossa indústria.