Oi: a tele estuda incluir a capitalização de até R$ 8 bilhões no processo de recuperação judicial (Eny Miranda/Oi/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de junho de 2017 às 10h30.
A Pharol (antiga Portugal Telecom), um dos principais acionistas da Oi, vai apoiar um eventual aumento de capital na companhia, mas ainda não definiu se irá participar desse processo, informou ao Estadão/Broadcast o presidente da empresa portuguesa, Luís Palha da Silva. "Não nos opomos a nenhum aumento de capital. A hipótese de diluição não nos assusta", afirmou.
A Pharol é o maior acionista individual da tele, com participação de 22,24% por meio da subsidiária Bratel. Outro acionista relevante da tele é o empresário Nelson Tanure, por meio do fundo Société Mondiale - dono de 6,32% do capital social.
A tele estuda incluir a capitalização de até R$ 8 bilhões no processo de recuperação judicial. O tema foi tratado na quarta-feira na reunião do conselho, mas não houve definições sobre o assunto, segundo fontes.
O executivo destacou que ainda é prematuro falar em aderir à capitalização. "Queremos avaliar todas as condições. Não temos como definir isso sem saber minimamente quais são as condições", disse.
Questionado se a Pharol teria recursos para ingressar no aumento de capital, afirmou que se a operação for atrativa eles "aparecem". Palha não quis, entanto, dizer até quanto poderiam aportar em recursos novos na companhia.
Já Tanure pretende manter a sua posição na companhia. Em abril, havia informado ao Estadão/Broadcast que estaria disposto a colocar US$ 2 bilhões na Oi, com fundos de investimentos. Junto a fundos que estão alinhados com ele, a participação sobe para cerca de 35% da Oi.
Credores
Sobre o processo de recuperação judicial, o executivo da Pharol afirmou que após a última mudança na proposta aos credores, apresentada em março, não foram feitas contrapropostas.
O presidente da Pharol destacou que a companhia está focada em realizar a assembleia de credores para votar o plano de recuperação judicial até o fim de setembro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.