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Pfizer vende unidade de cápsulas a private equity por US$2,38 bi

Fundo KKR entrou em acordo para a compra da Capsugel; gigante farmacêutica já havia anunciado plano de se desfazer da unidade

Sede da Pfizer: novo presidente tinha anunciado palo para vender a Capsugel (Wikimedia Commons)

Sede da Pfizer: novo presidente tinha anunciado palo para vender a Capsugel (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 15h43.

Nova York - A Pfizer anunciou ter chegado a um acordo para vender sua unidade Capsugel, maior fabricante mundial de cápsulas duras, à empresa de private equity KKR por quase 2,38 bilhões de dólares.

A Pfizer, que anunciou em outubro que explorava a venda da Capsugel, disse esperar fazer recompras adicionais de participação neste ano como resultado do acordo, acima dos planos iniciais de 5 bilhões de dólares em recompras em 2011.

A venda para a KKR vem num momento em que a maior fabricante mundial de medicamentos indicou que está analisando possíveis novos desinvestimentos sob a gestão de seu novo presidente-executivo, Ian Read.

A decisão da companhia de estudar opções para a Capsugel aconteceu algumas semanas antes do anúncio de Read como executivo-chefe da empresa.

"Eles estão buscando formas de tornar a empresa melhor", disse Jon LeCroy, analista da Hapoalim Securities. "A chave para qualquer empresa, obviamente, é voltar a crescer, e a Pfizer é tão grande que é praticamente impossível fazer isso." A Pfizer enfrentará ainda neste ano a perda de direitos exclusivos de sua droga anticolesterol Lipitor, o que deve afetar as vendas e o lucro da empresa.

A Capsugel teve receita de cerca de 750 milhões de dólares no ano passado e fabricava mais de 180 milhões de cápsulas duras.

Para o analista do setor farmacêutico do J.P. Morgan, Chris Schott, a um preço 3,2 vezes maior que as vendas da unidade, o acordo foi precificado em um "múltiplo razoável" para um negócio estável e de baixo crescimento.

O financiamento da transação está sendo liderado por UBS, Barclays e Deutsche Bank, segundo uma fonte familiarizada com a situação. Não estava claro que parcela do acordo seria financiada pela emissão de dívida e qual parte por ações.

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