Negócios

PF faz buscas e interrogatórios em investigação sobre BNDES e JBS

A ação investiga aportes realizados para que as empresas da família Batista se tornassem a maior produtora e comercializado de proteína animal do mundo

JBS: os principais investimentos do banco público tiveram como objetivo apoiar a expansão da JBS (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: os principais investimentos do banco público tiveram como objetivo apoiar a expansão da JBS (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de maio de 2017 às 10h30.

Última atualização em 12 de maio de 2017 às 15h46.

São Paulo — O principal alvo da operação Bullish é a empresa JBS, dos empresários Joesley e Wesley Batista. A Polícia Federal faz buscas e leva coercitivamente para depor pessoas envolvidas nos aportes bilionários que o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) realizou para que as empresas da família Batista se tornassem a maior produtora e comercializado de proteína animal do mundo.

Outro alvo da operação é o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Segundo a PF, os aportes do banco público foram realizados após a contratação de empresa de consultoria do político. Por causa disso, as operações de desembolso dos recursos públicos teriam tido tramitação recorde.

O BNDESPar tem mais de 581 mil ações da JBS, ou cerca de 21% em participação na empresa. Segundo a PF, os aportes, realizados a partir de junho de 2007, tinham como objetivo a aquisição de empresas também do ramo de frigoríficos no valor total de R$ 8,1 bilhões.

Nesse período, os principais investimentos do banco público tiveram como objetivo apoiar a expansão da JBS. Um dos maiores aportes foi utilizado para a compra de R$ 3,5 bilhões em debêntures para fortalecer o caixa da empresa com a compra da americana Pilgrims e com a incorporação da Bertin S.A.

O caso da Bertin já estava na mira dos investigadores, uma vez que há indícios de participação do operador Lúcio Funaro na transação.

Acompanhe tudo sobre:JBSBNDESPolícia Federal

Mais de Negócios

‘Com juros de 15% ao ano, o empresário tem que calcular muito o risco’, diz João Adibe, CEO da Cimed

Ele quebrou, teve depressão, deu a volta por cima e agora tem negócio de R$ 1,8 bilhão

Após faturar R$ 200 milhões com 'Vale Tudo', a Globo tem novos planos para ganhar dinheiro

Motoristas da Uber serão afetados: veja quais carros saem da plataforma em janeiro