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PF deflagra nova fase da Zelotes e mira Itaú e BankBoston

A Zelotes investiga suspeitas de manipulação em julgamentos no tribunal da Receita Federal, o Carf

Itaú: empresa é alvo de nova fase da operação Zelotes (Nacho Doce/Reuters/Reuters)

Itaú: empresa é alvo de nova fase da operação Zelotes (Nacho Doce/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 07h48.

Última atualização em 1 de dezembro de 2016 às 12h45.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova fase da operação Zelotes, que investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tendo entre os alvos os bancos Itaú e BankBoston.

"Esta nova etapa da operação aponta a existência, entre os anos de 2006 e 2015, de conluio entre um conselheiro do Carf e uma instituição financeira. O esquema criminoso envolvia escritórios de advocacia e empresas de consultoria", disse a PF em comunicado.

A nota da Polícia Federal não identifica a instituição financeira citada, mas uma fonte com conhecimento das investigações disse que os bancos Itaú e BankBoston estão entre os alvos dos mandados judiciais em execução nesta quinta-feira.

Procurado, o Itaú não estava disponível de imediato. Não foi possível contactar um representante do BankBoston.

Segundo comunicado da PF, "houve sucesso na manipulação de processos administrativos fiscais em ao menos três ocasiões" como resultado da atuação irregular do conselheiro do Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.

Cerca de cem policiais federais participam da nova fase da operação, que visa o cumprimento de 34 mandados judiciais, sendo 21 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.

A Zelotes foi deflagrada em março de 2015 com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam junto ao Carf, causando prejuízo aos cofres públicos com a manipulação de julgamentos no órgão que é responsável por julgar recursos contra decisões da Receita Federal.

Posteriormente, a operação também passou a investigar suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias.

A operação já levou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, a virar réu em uma ação que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal.

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