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Petrópolis prevê aumento de 13% em vendas de cerveja este ano

Cervejaria projeta um crescimento maior do que a média do setor e espera alcançar uma receita bruta de R$ 3 bilhões com a venda de bebidas

O crescimento da Petropólis deve ser puxado pelas marcas Itaipava e Crystal (Germano Luders/Exame)

O crescimento da Petropólis deve ser puxado pelas marcas Itaipava e Crystal (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 15h38.

São Paulo - O Grupo Petrópolis, terceira maior cervejaria do País, projeta um crescimento de 13 por cento no volume de vendas este ano, um desempenho superior ao restante da indústria, segundo um executivo da empresa.

A Petrópolis, com sede na cidade do mesmo nome, no Rio de Janeiro, estima que o volume de vendas de cerveja de todo mercado brasileiro cresça até 11 por cento em 2011, disse Douglas Costa, diretor de Marketing e de Relações com o Mercado da cervejaria. A receita bruta da divisão de bebidas vai aumentar de R$ 2,63 bilhões no ano passado para R$ 3 bilhões em 2011, Costa disse.

“Nosso crescimento vai ser puxado principalmente pelas cervejas mainstream Itaipava e Crystal, que essa é realmente a grande fatia que movimenta o mercado”, disse Costa em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo ontem.

Cervejarias internacionais, incluindo a SABMiller Plc e a Heineken NV, querem se expandir no Brasil, China e em países da África, porque a demanda nesses mercados cresce mais rapidamente do que na Europa e nos Estados Unidos, disse Costa. O consumo potencial de cerveja no Brasil, onde a Anheuser-Busch InBev NV tem mais de dois terços do mercado, pode crescer dos atuais 63 litros por habitante por ano para 86 litros nos próximos dez anos, segundo Costa, que citou dados da Plato Logic Ltd.

‘Movimento interessante’

“É um movimento interessante com grandes marcas olhando para o Brasil e China,” Costa disse.

O Sunday Times publicou uma reportagem no dia 3 de Abril dizendo que a SABMiller poderia fazer uma oferta pela Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes SA. A reportagem não disse onde obteve a informação. As duas companhias não quiseram comentar a notícia quando contatadas pela Bloomberg News.

A Petrópolis, que foi procurada por bancos de investimento, “não tem nenhum interesse” em uma fusão ou venda, segundo costa.

“É possível continuar crescendo. A gente tem um porte para crescer de igual para igual”, disse o executivo.

A AB InBev tem planos de lançar a Budweiser no Brasil no segundo semestre deste ano, disse Felipe Dutra, diretor financeiro da empresa, no dia 3 de março.

A economia brasileira cresceu 7,5 por cento no ano passado, o ritmo mais acelerado em mais de duas décadas. A expansão deve se desacelerar em 2011 para 4 por cento, segundo os economistas sondados pela pesquisa semanal Focus, publicada pelo Banco Central no dia 11 de abril.

Participação de mercado

A Petrópolis terminou o mês de fevereiro com uma fatia de 10,8 por cento no mercado brasileiro de cervejas, enquanto a Schincariol ficou com uma fatia de 10,97 por cento, disse Costa, citando dados da Nielsen. A Cia. de Bebidas das Américas, a unidade brasileira da AB InBev, é a maior do país e teve uma participação média de 70,1 por cento do mercado brasileiro no quarto trimestre de 2010, a InBev disse em 3 de março.

Além da Itaipava e da Crystal, a Petrópolis também fabrica as cervejas premium Black Princess e Petra, o energético TNT e a vodka Blue Spirit.

A Itaipava bateu a Skol, da AmBev, como cerveja em lata mais vendida na Grande São Paulo a partir do ano passado, disse Costa. Em fevereiro, a pilsen da Petrópolis alcançou 29,2 por cento da região mais rica do País, disse ele, citando os dados da Nielsen. A Skol ficou em segundo com 23,3 por cento. A Skol lidera o mercado nacional no segmento de garrafas de 600 mililitros, o mais rentável do Brasil, com 30 por cento, segundo o executivo.

A Petrópolis, que vende seus produtos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, quer atingir todo o mercado brasileiro entre sete e dez anos, de acordo com Costa. A companhia tem quatro fábricas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Segundo Costa, antes da expansão geográfica, a empresa precisa consolidar sua atuação no Sudeste e Centro-oeste. A empresa pretende definir nos próximos três anos as regiões para começar o processo de expansão.

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