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Petroleiros vão negociar reajuste salarial com Petrobras

A pauta de reivindicações dos trabalhadores propõe reajuste real de 5%, além de recomposição da inflação


	Trabalhadores em uma plataforma de petróleo da Petrobras: outras pautas estão relacionadas a questões de saúde, segurança e condições de trabalho
 (Rich Press/Bloomberg News)

Trabalhadores em uma plataforma de petróleo da Petrobras: outras pautas estão relacionadas a questões de saúde, segurança e condições de trabalho (Rich Press/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 11h59.

Rio - Trabalhadores e executivos da Petrobras terão na próxima quinta-feira, 15, no Rio, a primeira de quatro reuniões do processo de negociação do reajuste salarial, com data-base em 1º de setembro. Haverá encontros ainda nos dias 19, 26 e 28, segundo o cronograma acordado entre a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobras.

A pauta de reivindicações dos trabalhadores propõe reajuste real de 5%, além de recomposição da inflação com base no ICV/Dieese - segundo a FUP, a estimativa para a variação do índice até setembro é de 6,6%. No entanto, segundo João Antônio Moraes, coordenador geral da FUP, as principais reivindicações estão relacionadas a questões de saúde, segurança e condições de trabalho.

"Também reivindicamos a equiparação das condições de trabalho dos funcionários terceirizados com as dos contratados. Os terceirizados são as maiores vítimas dos acidentes de trabalho", afirmou Moraes ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Segundo a FUP, alguns pontos relacionados a essas questões foram incluídos na última negociação, mas estão pendentes e entrarão na pauta deste ano. No site da FUP estão listados esses pontos: "a implementação do fundo garantidor dos trabalhadores terceirizados, o cumprimento de uma série de compromissos e cláusulas acordadas em relação ao SMS, a apresentação da proposta das PLRs futuras, além de questões relativas à Petros, registro de frequência e acordos jurídicos (cláusula 167)".


O fundo garantidor, de acordo com Moraes, é uma forma de reduzir o risco de dívidas trabalhistas por parte de prestadores de serviços da Petrobras. A proposta dos trabalhadores é que os contratos - por exemplo, de construção civil - tenham embutidos um valor adicional para um fundo de reserva para eventuais dívidas trabalhistas.

Moraes disse ainda que a expectativa da FUP para a negociação deste ano é boa. O sindicalista chamou a atenção para a alta de 76,6% no lucro líquido do primeiro semestre da Petrobras, somando R$ 13,894 bilhões. "O setor está em franco crescimento e o pré-sal tem se revelado cada vez mais um bilhete premiado", disse.

Segundo Moraes, a entrega da pauta de reivindicações, no último dia 6, foi marcado por atos em todos os sindicatos integrantes da FUP. Por causa de reivindicações locais específicas, houve atos "mais contundentes", com paralisação de 24 horas, na Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio, e na refinaria Repar, no Paraná. No primeiro caso, os trabalhadores locais pedem pagamento de horas extras e, no segundo, aumento do efetivo.

Já trabalhadores da Reduc, refinaria em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, fizeram um ato na manhã desta terça-feira, 13, na rodovia BR-040 (Rio-Brasília, passando por Juiz de Fora e Belo Horizonte), atrapalhando o tráfego. Segundo a FUP, não havia relação direta do ato em Duque de Caxias com a negociação salarial.

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