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Petroleiros dizem que mais 4 plataformas têm defeitos

O sindicato aguarda apenas o agendamento de vistorias pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT)

A Petrobras alega que a análise de riscos da P-33 foi atualizada em 2007. (.)

A Petrobras alega que a análise de riscos da P-33 foi atualizada em 2007. (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - Pelo menos outras quatro plataformas de produção de petróleo operam na Bacia de Campos em estado de manutenção semelhante ao da P-33, interditada na última quinta-feira pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), aponta o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. O Sindipetro espera reunir provas que resultem também no embargo da P-25, P-31, P-32 e P-35.

O sindicato aguarda apenas o agendamento de vistorias pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT). "Os problemas nessas plataformas são bem parecidos. A P-31, por exemplo, é conhecida pelos petroleiros pelo apelido de Sucatão", diz José Maria Rangel, coordenador-geral do Sindipetro. A P-31 e a P-25 operam no campo de Albacora; as outras duas, assim como a P-33, no campo de Marlim, o maior centro produtor nacional, de onde são extraídos mais de 300 mil barris de óleo por dia.

A retirada de operação da P-33, determinada pela ANP, ocorreu depois que o sindicato divulgou fotos de equipamentos enferrujados, tubulação furada e remendos que, acusam os petroleiros, são feitos com massa epóxi e bandagem. No ofício enviado à Petrobras, a agência destacou que, durante a fiscalização a bordo, o fiscal "identificou significativos desvios de segurança".

A Petrobras alega que a análise de riscos da P-33 foi atualizada em 2007. "Seguindo as melhores práticas internacionais, essa análise sofre revisão a cada cinco anos, portanto está válida até 2012". Na sexta-feira, durante a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre - quando a empresa contabilizou lucro de R$ 8,3 bilhões - os executivos da estatal se viram obrigados a abordar o tema de novo.

O gerente-geral de Estratégia e Gestão de Portfólio, Hugo Repsold, explicou que a parada exigida pela ANP está sendo cumprida gradativamente, já que não há como suspender de uma só vez a produção. A plataforma, que tem capacidade de produção de até 60 mil barris por dia, só estava produzindo 19 mil barris e, em outubro, seria retirada de operação, para manutenção. Operacionalmente, a suspensão não afetará o desempenho da Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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