Escritório da Repsol em Caracas: a Repsol tem cerca de 10 funcionários não-venezuelanos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Reuters
Publicado em 25 de abril de 2017 às 19h11.
Houston/Caracas - Conforme as tensões políticas na Venezuela crescem, petroleiras incluindo a norueguesa Statoil e a espanhola Repsol reduziram ainda mais seu número já baixo de funcionários expatriados no país, disseram fontes familiarizadas com a situação.
A Statoil, Repsol e Chevron estão entre as petroleiras estrangeiras que detêm participações minoritárias em mais de 40 joint ventures com a estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA), fornecendo a Venezuela produção crucial de petróleo e renda em meio a uma debilitante crise econômica.
A Venezuela, maior exportadora de petróleo da América do Sul, foi abalada por uma crise econômica brutal que levou milhares a cortarem refeições, impossibilitados de pagarem os altos preços por bens básicos e enfrentando longas filas por produtos escassos.
Não há relatos de que as tensões afetaram as operações nos campos de petróleo, geralmente isolados, da Venezuela, mas algumas empresas têm sido surpreendidas por frequentes barricadas bloqueando as ruas e pela Guarda Nacional usando gás lacrimogênio na capital Caracas, onde as petroleiras estrangeiras geralmente estão sediadas.
A Statoil, que tem uma joint ventura na região do cinturão de Orinoco do país, retirou seu grupo de cinco a seis funcionários expatriados que restava no país, disseram duas fontes.
O site da Statoil diz que a companhia tem 30 funcionários na Venezuela, incluindo funcionários locais, embora não esteja claro quantos são venezuelanos.
Alguns funcionários expatriados com famílias da Repsol, que tem uma participação de 40 por cento na joint venture Petroquiriquire com a PDVSA e também participa na PDVSA, recentemente deixaram o país, embora outros tenham permanecido, disseram duas fontes diferente.
A Repsol tem cerca de 10 funcionários não-venezuelanos.