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Petrobras voltará aos 2 milhões de barris em 2012, diz Graça

Presidente da estatal mostra otimistmo em relação aos próximos meses, e conta com bom desempenho de Cidade Anchieta


	Graça Foster: otimismo com os próximos meses
 (Divulgação/Petrobras/EXAME)

Graça Foster: otimismo com os próximos meses (Divulgação/Petrobras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 15h07.

São Paulo - Em encontro promovido hoje pela revista britânica The Economist no Brasil, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que o balanço da empresa para o próximo trimestre apresentará resultados "conforme o planejado".

Segundo a presidente da estatal, a Petrobras deverá voltar ao patamar de produção de 2 milhões de barris diários de petróleo até o fim do ano, entre novembro e dezembro, ajudada pela “performance excelente” em Cidade Anchieta, que começou a operar no começo de setembro, e à volta de plataformas que tinham parado para manutenção, como a P51, P52 e Cidade Niterói. Até o começo do mês, o número estava na casa dos 760.000 barris diários.

Depois de um prejuízo de 1,3 bilhão de reais registrado no fim de junho - o primeiro da estatal em um período de 13 anos - Graça Foster afirmou que a repetição de eventos negativos, incluindo impacto da variação cambial sobre as dívidas em dólar e a baixa de poços secos, não deverá acontecer conjuntamente e com a mesma intensidade. 

Graça acrescentou ainda que embora a empresa busque a convergência de valores para a gasolina e o diesel, a estatal não persegue a paridade online e imediata. "Nós tivemos durante vários anos o preço do combustível mais alto que lá fora. O ciclo de uma companhia de petróleo não se dá mês a mês ou dia a dia. O ciclo se dá em cinco, oito, dez anos", disse. O problema de agora, segundo a presidente, é que a companhia investe muito mais do que antes, aumentando esse descolamento.

Questionada sobre o impacto da política de conteúdo nacional nos negócios da companhia, Graça afirmou que existe uma margem da qual a Petrobras se beneficia. "Nem todos os equipamentos, nem todas as unidades estão atreladas à exigência de conteúdo local, porque vieram de licitações e leilões anteriores. Temos flexibilidade e buscamos usá-la sempre que nos convém".

De acordo com Graça, uma assessoria passou a monitorar todas as empresas fornecedoras e subfornecedoras sob sua gestão para identificar eventuais atrasos e gargalos. O trabalho é reportado diretamente à ela.


Casa arrumada

A presidente da Petrobras pontuou que embora a Petrobras tradicionalmente tenha sido uma "casa arrumada", quando assumiu o comando da empresa ela decidiu fazer as coisas "do seu jeito". De acordo com Graça, as mudanças são necessárias porque a companhia atravessa diferentes estágios de maturidade com o tempo. O momento, agora, seria de mirar o cumprimento das metas de produção e "seguir sem titubear".

"Foi necessário dar um atraso de dois anos nessa curva, postergar a produção em dois anos e meio em alguns casos, com o ano de 2017 recebendo ajustes mais críticos", afirmou Graça. Segundo a presidente da estatal, o atraso foi justificado principalmente pelas sondas de perfuração. "Hoje elas estão disponíveis e constituem nossa campanha de poços para até 2016."

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