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Petrobras termina 2014 com 5.200 funcionários a menos

A queda mais expressiva de funcionários terceirizados deve ser explicada pela decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de investimentos em 2014


	A queda mais expressiva de funcionários terceirizados deve ser explicada pela decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de investimentos em 2014
 (REUTERS/Sergio Moraes)

A queda mais expressiva de funcionários terceirizados deve ser explicada pela decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de investimentos em 2014 (REUTERS/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2015 às 13h46.

São Paulo - A crise que atingiu a Petrobras no ano passado colocou fim a uma antiga trajetória de expansão no quadro de funcionários da estatal, que durou pelo menos durante a última década.

Dados divulgados na semana passada pela companhia apontam que, no final de 2014, o corpo funcional da empresa era composto por 80.908 funcionários próprios, uma retração de 6% em relação aos 86.108 do final de 2013.

O número do ano passado é o menor desde 2011, quando a companhia terminou o ano com 81.918 funcionários. No ano anterior, a marca ainda era de 80.492 empregados.

Documentos disponibilizados pela estatal desde 2004 mostram que, no decorrer da última década, o corpo funcional apenas cresceu.

Entre 2003 e o ano seguinte, o aumento foi de 6,6% e o número de funcionários chegou a 52.037 pessoas. Esse número chegou a 53.933 em 2005, 62.266 pessoas em 2006, 68.931 pessoas em 2007, 74.240 em 2008 e 76.919 em 2009.

No início desta década, a trajetória continuou inalterada. Os dados de 2010 (80.492 pessoas) e 2011 (81.918 funcionários) foram seguidos por um total de 85.065 pessoas em 2012.

Além dos funcionários próprios, a Petrobras ainda contabilizava ao final do ano passado um total de 291.074 empregados de empresas prestadoras de serviços. O número representa uma retração de 19,2% em relação aos 360.180 terceirizados contabilizados no final de 2013. Em 2004 eram apenas 146.826 empregados terceirizados.

A queda mais expressiva de funcionários terceirizados deve ser explicada pela decisão da Petrobras de reduzir o ritmo de investimentos em 2014 e, ao mesmo tempo, muitas de suas parceiras enfrentarem problemas associados à evolução das investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

Empresas como o Grupo Galvão, que já demitiu mais de 9 mil pessoas, era responsável pelo andamento da fábrica de fertilizantes em Mato Grosso do Sul e do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), por exemplo. As duas obras foram incluídas pela Petrobras em uma lista de projetos sem data prevista para conclusão.

Diante do andamento das investigações da PF na Lava Jato, e da suspeita de que diversos contratos assinados por ex-diretores da Petrobras continham irregularidades, a estatal reduziu o ritmo dos investimentos.

Entre janeiro e dezembro, a companhia desembolsou R$ 87,140 bilhões, montante 16,5% inferior ao investido em 2013. O total também é quase 8% inferior ao investimento de R$ 94,6 bilhões inicialmente previsto pela estatal para 2014.

PIDV

Além da desaceleração dos investimentos, outro fator que explica a redução do corpo funcional da Petrobras no ano passado foi a implementação do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV).

Um total de 8.298 empregados, com 55 anos ou mais, aderiram ao plano. Entre abril e dezembro de 2014 foram realizados 4.936 desligamentos e 481 desistências de empregados que aderiram ao PIDV.

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