Negócios

Petrobras tenta driblar empresas investigadas na Lava Jato

A Petrobras explicou que 8 das 19 plataformas previstas para entrarem em operação no Plano de Negócios e Gestão para 2017-2021 não estão ainda contratadas


	Petrobras: empresas inidôneas ficam impedidas de realizar novos contratos e participar de licitações
 (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: empresas inidôneas ficam impedidas de realizar novos contratos e participar de licitações (Sergio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2016 às 20h56.

Rio de Janeiro - A Petrobras está buscando a participação de empresas internacionais e de menor porte em suas licitações como forma de driblar a grande lista de companhias investigadas na operação Lava Jato, enquanto prevê contratar oito novas plataformas de produção de petróleo até o fim de 2018.

Em resposta por e-mail a perguntas da Reuters, a petroleira estatal explicou que oito das 19 plataformas previstas para entrarem em operação no Plano de Negócios e Gestão para o horizonte 2017-2021 não estão ainda contratadas. Essas unidades têm o primeiro óleo estimado para 2020 e 2021.

Atualmente, estão em curso 23 processos administrativos de responsabilização de empresas envolvidas em investigações da operação Lava Jato e, até o momento, três empresas foram declaradas inidôneas pelo Ministério da Transparência.

Empresas inidôneas ficam impedidas de realizar novos contratos e participar de licitações.

Segundo o ministério, 12 empresas manifestaram interesse em fazer acordo de leniência, mas até o momento nenhum foi firmado.

Questionada se vê dificuldades para realizar contratações, a Petrobras disse que está implementando estratégias alternativas para desenvolver empresas de menor porte.

"(A Petrobras está) adequando seus editais de forma a permitir a participação dessas empresas (de menor porte) em seus processos de contratação, além de promover a atração de companhias internacionais para participar de suas licitações", disse a empresa, sem dar mais detalhes.

Os processos de licitação para as plataformas das áreas de Libra e de Sépia, ambas no pré-sal da Bacia de Santos e com o primeiro óleo previsto para 2020, já tiveram início e devem ser concluídos no ano que vem.

No caso de Libra, a Petrobras afirmou que pediu permissão à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para reduzir o percentual de conteúdo local, o que ainda está em análise pela agência reguladora.

A contratação das outras duas plataformas previstas para 2020 deve ter início em breve e será concluída também em 2017, segundo estimativas da Petrobras. Já as quatro plataformas que entrarão em 2021 deverão ser contratadas em 2018.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico