No Brasil, o preço dos combustíveis na refinaria é controlado pelo governo e só aumenta com autorização (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio de Janeiro - A Petrobras recebe na refinaria menos da metade do que é pago pelos motoristas por um litro de gasolina na bomba.
Dos R$ 2,63 por litro vendido em São Paulo na terceira semana de janeiro, apenas R$ 1,25 foram para as refinarias da empresa, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom).
Além de 36% de impostos, o Brasil sofre com custos de distribuição e revenda, que respondem por 18% do valor total - o dobro dos Estados Unidos. Isso explica o motivo de a gasolina parecer cara demais para o consumidor e barata demais para a Petrobras.
A "realização" da refinaria da Petrobras é a mesma que o volume de impostos: 36%. Outros 10% são o custo do etanol misturado.
Falta de competição na revenda e uma lei federal de 2000 que impede o autoatendimento estão entre os motivos para os custos. Um gráfico da própria Petrobras comparando o Brasil a nove países mostra que, em 2011, as suas refinarias foram as que menos receberam por litro vendido.
No Brasil, o preço dos combustíveis na refinaria é controlado pelo governo e só aumenta com autorização. Mas os preços são livres para as empresas que levam a gasolina ao posto (distribuição), e para o posto que vende ao consumidor (revenda).
Apesar de o aumento autorizado na refinaria ter sido de 6,6%, houve posto no Rio de Janeiro (Shell, Centro) que reajustou na quarta-feira (30) seu preço em 10,7%.