Pedro Parente: a retomada da venda da BR Distribuidora dependerá primeiro de aprovação do Conselho de Administração da Petrobras (Nacho Doce/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de março de 2017 às 16h47.
Última atualização em 20 de março de 2017 às 17h19.
Brasília - A Petrobras planeja retomar os seus planos de vendas de ativos, incluindo da BR Distribuidora, o mais rápido possível após o Tribunal de Contas da União (TCU) revogar, com ressalvas, medida que suspendia os desinvestimentos, disse o presidente da companhia, Pedro Parente, nesta segunda-feira.
A negociação da BR Distribuidora, subsidiária de combustíveis da estatal, assim como a grande maioria dos ativos que está à venda, terá que começar do zero, seguindo novas regras acertadas com o tribunal, com o propósito de deixar o processo mais transparente.
A BR é considerada um dos ativos mais valiosos ofertados pela Petrobras e, caso seja vendida, deverá contribuir com uma quantia relevante para a meta de desinvestimentos da petroleira para o biênio de 2017-2018, que totaliza 21 bilhões de dólares.
A retomada da venda da subsidiária dependerá primeiro de aprovação do Conselho de Administração da Petrobras, segundo explicou Parente a repórteres, após sair de uma reunião no Ministério de Minas e Energia, em Brasília.
Posteriormente um aviso será enviado às empresas interessadas, acrescentou o executivo.
"Precisamos passar esse processo pela diretoria-executiva da Petrobras... e, depois disso, é mandar o `teaser` para a lista de interessados novamente e publicar esse `teaser` para que se houver outros interessados eles possam então manifestar o seu interesse", explicou.
A publicação do `teaser` foi um dos pontos acertados com o TCU, permitindo que um número maior de potenciais investidores acessem informações e se manifestem caso tenham interesse em participar da concorrência.
O executivo também declarou aos jornalistas estimar que a renegociação do contrato de áreas do pré-sal cedidas à petroleira, em meio a um processo de capitalização da Petrobras em 2010, seja concluída no primeiro semestre deste ano.
O contrato da cessão de direitos, conhecido no setor como "Cessão Onerosa", garantiu à Petrobras até 5 bilhões de barris de óleo equivalente sem licitação, e previa desde o início uma renegociação dos valores envolvidos na transação.
"Eu gostaria de ver é que essa negociação seja concluída até o final do semestre", afirmou Parente.