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Petrobras prevê importar até 60 cargas de GNL em 2013

As importações serão necessárias devido à demanda causada pelo consumo nas termelétricas


	Terminal de regaseificação GNL, na Baía de Guanabara
 (Marcos Morteira)

Terminal de regaseificação GNL, na Baía de Guanabara (Marcos Morteira)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2013 às 12h15.

Rio de Janeiro - Diante do forte consumo por gás natural das termelétricas, a Petrobras estima que irá importar entre 58 e 60 cargas de gás natural liquefeito (GNL) em 2013 para o atendimento dessa demanda.

"Atingimos recentemente pela primeira vez a condição em que a demanda térmica foi igual a demanda não térmica", disse o gerente executivo corporativo da diretoria de Gás & Energia da Petrobras, Hugo Repsold, durante o Seminário de Gás Natural promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).

Na prática, isso sinaliza um crescimento na atividade de trading de GNL da Petrobras. Em 2011, foram 17 cargas de GNL negociadas pela companhia. Com o aumento do despacho térmico, esse número saltou para 56 em 2012.

Diante desse cenário, o executivo afirmou que já começa a fazer sentido para a Petrobras passar a firmar contratos de longo prazo de compra de GNL - dada a forte sazonalidade do consumo de gás pelas térmicas, a Petrobras tem optado por adquirir cargas de GNL no mercado spot, cujo preço é mais elevado.

"Começa a fazer sentido (firmar contratos de longo prazo). A cesta de oferta de gás é sempre colocada na balança para identificar qual é o melhor mix de oferta. A Petrobras faz um planejamento anual e semestralmente rediscute essas possibilidades", argumentou.

O executivo ponderou que a assinatura de contratos de longo prazo deve ser feita com cuidado e de forma gradativa, já que o despacho termelétrico no Brasil depende fortemente da hidrologia.

Repsold reconheceu que a alta do dólar tem elevado os custos da companhia na compra de GNL no mercado internacional. "Estamos demandando mais reais para comprar as cargas. Isso está na conta", comentou o executivo, acrescentando que o porte da Petrobras permite lidar com essa questão sem grandes dificuldades.

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