Petrobras: o índice, segundo a petroleira, é equivalente à reposição da inflação no período (Dado Galdieri/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 15h55.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 20h00.
Rio de Janeiro - A Petrobras fez uma contraproposta aos sindicatos de petroleiros em reunião nesta quarta-feira, aceitando reajustar as tabelas salariais em 8,57 por cento, retroativo a setembro de 2016, caso os empregados concordem com a implementação da redução facultativa da jornada de trabalho a partir de abril.
O índice, segundo a petroleira, é equivalente à reposição da inflação no período. Em um comunicado interno aos funcionários, a estatal afirmou que aguarda agora um posicionamento favorável dos empregados para tomar as providências para o pagamento do reajuste e o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2016.
Neste contexto, a Petrobras também aceitou reajustar a Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) em 8,57 por cento retroativo a setembro de 2016, data base da categoria.
"Acredito que chegamos a um bom termo entre as necessidades dos trabalhadores e a situação financeira da empresa", disse em nota aos funcionários o gerente-executivo de Recursos Humanos, José Luiz Marcusso.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 13 sindicatos de petroleiros da Petrobras, destacou ter conquistado avanços nas negociações e informou que irá avaliar a nova proposta no Conselho Deliberativo.
Atendendo ao pleito dos sindicatos, a companhia concordou em discutir com as entidades, na Comissão de Regimes de Trabalho, o regramento definitivo da opção de redução da carga horária de 8 para 6 horas diárias, mediante redução de 25 por cento da remuneração, para os empregados do regime administrativo com horário flexível.
As regras para a redução facultativa da jornada de trabalho serão desenhadas a partir de proposta inicial feita pela Petrobras em dezembro e deverão estar concluídas até o fim de março.
"Caso não haja consenso até o prazo final, a redução opcional da jornada será implementada a partir de abril de 2017 com base na última versão definida pela comissão, até que haja um acordo", disse a Petrobras.
A proposta final para o acordo coletivo também mantémpagamento de 100 por cento sobre horas extras, acima da exigência legal, e inclui cláusulas específicas que tratam de reduções de jornadas sem redução salarial para funcionárias em período de amamentação de filhos e empregados com deficiência.
A Petrobras informou ainda aos funcionários que antecipará o pagamento da primeira parcela do 13º salário de 2017, de 20 de fevereiro para 27 de janeiro.