Negócios

Petrobras nega recebimento de notificação sobre OGX

Companhia disse que não recebeu notificação do Cade para prestar esclarecimentos sobre a venda de sua participação de 40% no bloco BS-4 para OGX


	Plataforma da Petrobras: junto com a OGX, companhia está sendo investigada por denúncia de consumação de negócio sem autorização do Cade
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras: junto com a OGX, companhia está sendo investigada por denúncia de consumação de negócio sem autorização do Cade (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 21h13.

São Paulo - A Petrobras informou, na noite desta quarta-feira, que não recebeu notificação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para prestar esclarecimentos sobre a venda de sua participação de 40% no bloco BS-4, na Bacia de Santos, para a OGX, petroleira do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.

"Conforme informado no comunicado ao mercado sobre esta operação, divulgado no dia 26 de novembro de 2012, a transação está sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)", afirmou a estatal, em nota. "A companhia entende que a matéria ainda está em análise por parte dos órgãos reguladores, e que até o momento não há nenhum fato novo capaz de ensejar a divulgação de fato relevante", acrescentou.

Na época do anúncio do negócio, foi divulgado que a Petrobras receberia da OGX US$ 270 milhões pela operação. A petroleira do Grupo EBX e outras empresas de Eike Batista vêm enfrentando uma crise de confiança no mercado.

Na noite passada, a OGX enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esclarecimentos referentes à reportagem do Grupo Estado, publicada no último dia 3, sobre intimação da companhia e da Petrobras a prestar esclarecimentos sobre a denúncia de consumação de negócio sem autorização do órgão antitruste. A petroleira de Eike Batista confirmou que foi notificada pelo Cade a prestar esclarecimentos sobre acordo com a Petrobras.

A companhia esclareceu também que vem se posicionando junto ao Cade para demonstrar que não praticou ato de consumação antecipada da operação e que não havia qualquer sanção imposta pelo conselho naquele momento.

Conforme a reportagem do Grupo Estado, o processo será avaliado até o fim do mês e, em caso de condenação, o negócio pode ser anulado e as empresas multadas em até R$ 60 milhões. A prática é conhecida como "gun jumping", quando duas empresas do mesmo ramo trocam informações e consumam uma negociação sem aval do órgão regulador do mercado.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisPetrobrasCapitalização da PetrobrasPetróleoGás e combustíveisIndústria do petróleoIndústrias em geralIndústriaOGpar (ex-OGX)CVM

Mais de Negócios

Um dos cientistas de IA mais brilhantes do mundo escolheu abandonar os EUA para viver na China

Investimentos globais em IA devem atingir 1,5 trilhão de dólares em 2025, projeta Gartner

IA pode elevar comércio global de bens e serviços em até 40% até 2040, projeta OMC

Disparada das ações da Oracle coloca dois ex-executivos na lista de bilionários