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Petrobras nega ação para elevar gasolina com redução de Cide

Nesta semana circularam informações de que a petroleira estaria propondo ao Executivo elevar o preço dos combustívies nas refinarias

Uma fonte familiarizada com o assunto informou que a companhia discute com membros do governo regularmente, durante as reuniões do conselho de administração (Germano Lüders/EXAME)

Uma fonte familiarizada com o assunto informou que a companhia discute com membros do governo regularmente, durante as reuniões do conselho de administração (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 21h39.

Rio de Janeiro - A Petrobras não tem nenhum estudo ou proposta para apresentar ao governo visando reajuste do preço dos derivados de petróleo atrelado à redução da Cide, afirmou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, nesta terça-feira.

Nesta semana circularam informações de que a Petrobras estaria propondo ao Executivo elevar o preço dos combustívies nas refinarias ao mesmo tempo em que ocorreria uma redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), para que os valores não subissem nas bombas.

"Não tem nada em estudo e nada para pôr na mão do governo", disse Costa antes de um evento sobre biocombustíveis no Rio de Janeiro.

"Não tem nada, nada, nada. Não estamos solicitando, zero", enfatizou.

O executivo voltou a lembrar que a Petrobras olha para o longo prazo para a fixação do seu patamar de preços e acrescentou que neste momento as duas variáveis que determinam o preço --cotação do barril de petróleo e dólar-- estão com muita volatilidade.

Uma fonte familiarizada com o assunto informou na segunda-feira que a companhia discute com membros do governo regularmente, durante as reuniões do conselho de administração, a questão do preço dos combustíveis e das alíquotas da Cide.

Também circularam informações na mídia de que a empresa buscaria esse acerto visando elevar sua geração de caixa, para fazer frente aos investimentos previstos.

Importação de gasolina

Costa informou que todas as cargas de gasolina que serão importadas pela empresa este ano já foram compradas e a estimativa é que na média do ano a importação do derivado fique em 32 mil barris/dia, contra 9 mil no ano passado.

O aumento da importação de gasolina se deve à combinação da alta do preço do álcool, que fez motoristas se voltarem para a compra da gasolina, com o aquecimento da demanda interna por combustíveis.


"Já estamos com as cargas compradas, não temos problemas ... O etanol deve passar para um aumento de produção e se tiver uma diminuição no preço, o consumidor poderá fazer a sua opção", disse ele ao lembrar que a partir de outubro a mistura de etanol à gasolina também diminuiu.

Costa informou ainda que a empresa pretende realizar em 2012 um número menor de paradas para manutenção em suas refinarias, o que aumenta a capacidade de produção de derivados das unidades de processamento no país.

"Faremos menos (paradas) que neste ano e, portanto, teremos mais carga processada que neste ano", disse ele, ao ressaltar que a implantação de novas práticas e catalisadores nas refinarias em 2011 já permitiu um aumento de 42 mil barris/dia na produção de gasolina.

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