Negócios

Petrobras não vai aderir a contrato, mas fica no Equador

A Petrobras produz 32 mil barris diários no Equador, onde investiu 430 milhões de dólares

Terça-feira é o prazo final para que os executivos das petroleiras que atuam no país assinem novos acordos (Germano Luders/EXAME)

Terça-feira é o prazo final para que os executivos das petroleiras que atuam no país assinem novos acordos (Germano Luders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2010 às 21h00.

Rio de Janeiro - O consórcio da Petrobras no Equador não vai migrar para os novos contratos de prestação de serviço, informou uma fonte na companhia na segunda-feira.

A estatal brasileira, presente naquele país desde 1996, vai continuar, porém, operando o seu oleoduto, disse a fonte.

"A Petrobras continua no Equador, mas o consórcio não vai migrar", disse a fonte, afirmando que os sócios da Petrobras no bloco 18, principal ativo da estatal no país, não concordaram com os termos do governo equatoriano.

A Petrobras produz 32 mil barris diários no Equador, onde investiu 430 milhões de dólares e tinha previsão de aplicar mais 300 milhões de dólares nos próximos anos na operação de dois blocos de petróleo no país, segundo informa o site da estatal.

Terça-feira é o prazo final para que os executivos das petroleiras que atuam no país assinem novos acordos que eliminam os contratos com divisão de receita favorável às empresas e instituindo o sistema de serviços prestados.

Algumas companhias, como a Petrobras e duas controladas pela chinesa CNPC, sócias da brasileira no bloco 18, questionam os novos termos propostos.

As conversas entre as empresas privadas e o governo do Equador devem acabar na terça-feira, já que o prazo limite estipulado para a migração de contratos é 24 de novembro.

Os novos contratos são um item básico da política do nacionalista Correa, que tenta aumentar a arrecadação pública com a energia e a mineração depois que uma moratória declarada em 2008 restringiu o acesso do país aos mercados de capitais.

O Equador, menor país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), espera que os novos contratos tragam investimentos internacionais de 1,2 bilhão de dólares ao longo dos próximos cinco anos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEquadorEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Ele viu o escritório afundar nas enchentes do RS. Mas aposta em IA para sair dessa — e crescer

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica