O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (Agência Brasil/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 2 de março de 2022 às 21h41.
Última atualização em 2 de março de 2022 às 21h41.
A Petrobras analisa a pressão de alta da cotação do barril de petróleo, mas por enquanto não há nenhuma decisão tomada quanto a ajustes nos preços dos derivados, disse nesta quarta-feira à Reuters o presidente da estatal, general da reserva Joaquim Silva e Luna.
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Segundo ele, após a invasão da Rússia à Ucrânia, o mercado do petróleo ficou "nervoso" e com muitas "incertezas".
Nesta quarta-feira, o barril do combustível fóssil tipo Brent fechou acima dos 100 dólares, com alta de 7,6% a 112,93 dólares, depois de tocar o pico de 113,94 dólares o barril durante a sessão.
A Abicom, associação que reúne as distribuidoras, apontou que os valores médios de diesel e gasolina da Petrobras atingiram defasagem de preço de 25%, o maior patamar em 10 anos.
"O mundo mergulhou num cenário de incertezas (com a guerra)", disse Luna à Reuters.
"É isso que estamos estudando", acrescentou ele ao ser questionado até quando a Petrobras suportaria a alta de preços do Brent, sem fazer ajustes nas cotações dos derivados de petróleo no mercado interno.
Neste ano, a forte alta do petróleo no mercado internacional foi parcialmente compensada pela desvalorização do dólar frente ao real. Câmbio e Brent são as duas principais variáveis da política de preços da companhia, que é conhecida como PPI.
O CEO da Petrobras reiterou que o grupo da estatal que avalia a política de paridade de preços analisa o cenário "minuto a minuto" antes de tomar qualquer decisão.
Uma das marcas da gestão de Silva e Luna é não repassar aos preços internos movimentos conjunturais no mercado de petróleo, e os ajustes nos preços são promovidos mediante mudanças estruturais de cenário.