Negócios

Petrobras não pode ter políticas de governo, diz conselheiro

Segundo conselheiro, a estatal precisa se afirmar como empresa e na crise atual não pode realizar políticas de governo


	Tanque da Petrobras em Brasília: "a Petrobras é uma empresa que está com diversos problemas, todo mundo sabe, e ela tem que se afirmar como empresa", disse conselheiro
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Tanque da Petrobras em Brasília: "a Petrobras é uma empresa que está com diversos problemas, todo mundo sabe, e ela tem que se afirmar como empresa", disse conselheiro (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 18h33.

Rio de Janeiro - A Petrobras precisa se afirmar como empresa e na crise atual não pode realizar políticas de governo, afirmou nesta terça-feira o representante do governo federal no Conselho de Administração da petroleira estatal, Segen Estefen, após participar de um evento no Rio de Janeiro.

"A Petrobras é uma empresa que está com diversos problemas, todo mundo sabe, e ela tem que se afirmar como empresa. Ela infelizmente, no momento, não vai poder fazer política de governo, vai ter que fazer uma política muito focada na recuperação dela", afirmou Estefen a jornalistas.

Para o conselheiro, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a gestão do presidente-executivo da Petrobras, Aldemir Bendine, está no caminho certo neste sentido, mostrando independência frente ao governo, buscando a paridade dos preços dos combustíveis, otimizando investimentos e reduzindo custos.

Estefen reiterou que o pré-sal tem um papel fundamental para a empresa neste momento, enquanto procura priorizar "bons investimentos", que trarão retornos mais rápidos. "A grande riqueza que o Brasil tem na área de óleo e gás é o pré-sal. Não adianta ficar discutindo se o pré-sal está caro ou barato, o Brasil tem que fazer o pré-sal ser factível, tem que fazer o pré-sal ser viável e ele é viável, mas tem que ser mais viável", afirmou o conselheiro.

De acordo com Estefen, os atuais preços do petróleo não são tão baixos, o problema foi a queda brusca pela qual eles passaram de meados de 2014 para cá. Estefen explicou que, quando os preços do barril estavam muito altos, os contratos com a indústria fornecedora também subiram muito e agora existe uma necessidade de ajuste.

Ele afirmou que a petroleira está trabalhando na renegociação de contratos de sondas e plataformas, assim como diversos outros tipos de equipamentos e serviços. Em meados do mês, uma executiva da Petrobras havia dado declaração nesse sentido.

O conselheiro também afirmou que defende que a Petrobras não seja obrigada a ser operadora única das áreas do pré-sal, mas que apenas tenha o direito de preferência nos leilões sob modelo de partilha de produção.

Ele também se disse a favor do aperfeiçoamento das regras de conteúdo local. Entidades do setor de petróleo têm defendido mudanças, para que os investimentos não sejam prejudicados.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisConselhos de administraçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasgestao-de-negociosGovernoIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios