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Petrobras muda forma de divulgar reajuste da gasolina e diesel

Agora, os anúncios serão com base nos preços médios e não mais por percentuais como vinha sendo feito

Ajustes: Parente informou que a mudança é para dar mais transparência aos reajustes anunciados pela empresa (FeelPic/Thinkstock)

Ajustes: Parente informou que a mudança é para dar mais transparência aos reajustes anunciados pela empresa (FeelPic/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 21h43.

A Petrobras decidiu alterar o sistema de divulgação dos reajustes dos preços da gasolina e do diesel nas suas refinarias. Agora, os anúncios serão com base nos preços médios e não mais por percentuais como vinha sendo feito, tanto para os casos de altas como de redução.

Durante um encontro na tarde de hoje (7) da diretoria executiva da empresa com um grupo de jornalistas, o presidente da companhia Pedro Parente informou que a mudança é para dar mais transparência aos reajustes anunciados pela empresa, que seguem o movimento do mercado.

"Antes a empresa divulgava um percentual de aumento ou de diminuição de preços médios no país. O que vamos passar a informar é o valor de preço médio de venda no país do diesel e da gasolina, dando maior transparência à informação que a empresa fornece. O objetivo é exatamente esse, de dar essa maior transparência", disse.

De acordo com Pedro Parente a previsão da companhia é colocar em prática o novo sistema após o carnaval. "Devemos fazer essa mudança na semana seguinte à semana do carnaval, daqui a uns dez, onze dias", informou.

Para o presidente da Petrobras, a informação ficará mais clara para o consumidor, que poderá avaliar a diferença entre o preço anunciado pela estatal e o que ele paga nos postos de combustíveis. "Acho que fica mais claro para o consumidor, porque antes era um percentual que era informado e agora se tem uma informação absoluta de quanto a Petrobras, em média, está vendendo o litro da gasolina e do diesel nas suas refinarias", disse.

Pedro Parente destacou que a Petrobras não tem poder de influenciar o preço ao consumidor, mas aumentando a transparência dá ao consumidor e à sociedade como um todo a possibilidade de avaliar de maneira completa a cadeia de produtos provenientes do petróleo.

Pasadena

Com relação à venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o presidente disse que não há como estimar o valor que a petroleira deve conseguir com a venda do ativo, mas a expectativa é conseguir o melhor resultado possível.

Pedro Parente observou que não está sendo oferecida apenas a refinaria, mas tudo que pertence a ela, inclusive um terreno, valorizado, onde está instalada. "Quando se coloca um ativo à venda, esse ativo inclui toda parte de bens, equipamentos, instalações e terrenos. Acontece que em Pasadena temos uma área que está dentro da propriedade da refinaria que tem um posicionamento logístico privilegiado e que, portanto, no nosso modo de ver, a se confirmar no processo de venda, pode atrair e melhorar a valoração do ativo para efeito de sua venda".

Privatização

Sobre a possibilidade de privatização da Petrobras, defendida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alkimin, o executivo disse que no momento atual essa discussão não faz sentido, e que qualquer discussão sobre eventual possibilidade de privatização da Petrobras, agora, representaria um efeito perturbador muito grande. "Tenho dito isso e repetido e volto a repetir, além da minha visão de que a sociedade brasileira não deseja a privatização da Petrobras.

Comperj

Pedro Parente disse que a companhia continua em negociação de uma parceria para a conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. O resultado das negociações, segundo ele, pode ser anunciado em três meses. Ao ser questionado se seria com a chinesa CNPC, disse que não desmentiria e nem confirmaria o nome da parceira, mas se mostrou otimista.

"Tivemos uma reunião com esse parceiro na semana passada que foi positiva. Vocês [se dirigindo aos jornalistas] também sabem que essas coisas a gente só sabe se vão acontecer quando a gente tem um documento assinado. Esse documento não foi assinado ainda, mas foi bastante positiva a reunião da semana passada", informou.

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