Petrobras (PETR3) (Paulo Whitaker/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 11 de março de 2021 às 10h33.
Última atualização em 11 de março de 2021 às 12h28.
A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Petrobras foi marcada para o dia 12 de abril, informou a estatal em nota. Somente essa Assembleia vai permitir a nomeação dos novos membros do Conselho.
Após esta etapa, o novo presidente da companhia é eleito pelos conselheiros. Para ser presidente da Petrobras é necessário ser membro do Conselho.
Como o mandato de Roberto Castello Branco e da atual diretoria acaba no dia 20 de março, o advogado Leonardo Pietro Antonelli, conselheiro da estatal representante dos acionistas minoritários, explica que a lei prevê a possibilidade de prorrogação nos cargos de Castello Branco e dos diretores atuais da estatal.
— A lei prevê a possibilidade de prorrogação do presidente e seus diretores até serem feitas novas nomeações. Ou seja, podem continuar de forma interina nos cargos. Isso é uma forma de garantir a melhor governança, gerando segurança jurídica para que a empresa não fique acéfala — disse Antonelli, acrescentando:
— Castello Branco e os diretores não vão abandonar a companhia.
Eleito no ano passado, o advogado foi indicado pelo Fundo de Investimento em Ações Dinâmica Energia e Banclass Fundo de Investimento em Ações, administrados pelo Banco Clássico, para ser reconduzido ao cargo de conselheiro da estatal na próxima assembleia da companhia.
A Petrobras também deve alterar a composição de seu Comitê de Pessoas (Cope), responsável por fazer a recomendação do novo presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna. O Cope também vai dar uma espécie de parecer para os novos integrantes do board.
A União indicou oito nomes, após parte dos conselheiros pedirem para não serem reconduzidos em meio a preocupações de interferência política.
Hoje, o Cope é composto por quatro membros, dos quais somente dois, integrantes do Conselho, tem direito a julgar o preenchimento dos requisitos legais para ser conselheiro da empresa: Ruy Flaks Schneider e Antonelli. E ambos estão em processo de recondução.
Por isso, a ideia é que a governança da estatal institua novos membros para o Cope a partir dos conselheiros que não precisam ser reconduzidos.