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Petrobras inicia testes para aumentar produção na Rnest

A estatal planeja fazer neste mês para aumentar a produção da Refinaria do Nordeste e permitir que o refino alcance capacidade máxima no curto prazo


	Obras da Refinaria do Nordeste, da Petrobras
 (Sergio Moraes/Reuters)

Obras da Refinaria do Nordeste, da Petrobras (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 21h03.

Rio de Janeiro - A Petrobras planeja realizar testes neste mês para aumentar a produção da Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, e permitir que o refino alcance capacidade máxima no curto prazo, afirmou à Reuters o diretor de abastecimento da estatal, Jorge Celestino, nesta quarta-feira.

Atualmente, por limitações ambientais, a primeira unidade de refino opera abaixo da capacidade, com o processamento de 74 mil barris de petróleo por dia, ante capacidade instalada de 115 mil a 120 mil barris/dia.

"O projeto não está hibernado, pelo contrário, está tendo continuidade e, pela conversa que tivemos, estamos bem otimistas no aumento do processamento em breve", afirmou Celestino, que visitou a Rnest nesta semana e teve encontros com autoridades estaduais e da área ambiental.

Para obter a permissão para aumentar a produção na unidade dentro dos limites legais e ambientais, a Petrobras decidiu utilizar na planta pernambucana uma mistura de petróleo do tipo DTE, com baixo teor de enxofre, o que de acordo com o executivo facilita o controle do volume de emissões da refinaria. "As emissões estão completamente enquadradas na refinaria.

A ideia é continuar com o DTE para montar o cronograma de teste com os órgãos ambientais e aí chegar nos 115 mil a 120 mil barris", declarou o executivo, explicando que equipes da Petrobras e do governo local já começaram a montar o cronograma. Segundo Celestino, o aumento da carga processada no "curto prazo" vai ser positivo para o país, visto que a planta vai aumentar a produção de diesel 10 e, consequentemente, reduzir as importações da companhia.

Demanda de combustíveis reduzidas

No mês passado, diante da baixa demanda do mercado de derivados, a Petrobras realizou a primeira exportação desse ano de gasolina e o destino foi os Estados Unidos. Segundo o diretor, há possibilidade de outras cargas serem exportadas.

"Estamos ajustando a produção à demanda; buscar novos mercados e exportar mais", disse ele à Reuters. "Se pintar mais oportunidades e se fizer sentido econômico, vamos nessa. Se o álcool continuar competitivo, esse pode ser um caminho e uma tendência", acrescentou Celestino.

Na divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, no mês passado, a diretoria da Petrobras revelou que a expectativa é que a segunda unidade de refino da Rnest, com capacidade para 115 mil barris de capacidade, entra em operação no fim de 2018.

O plano prevê ainda a conclusão da Unidade de Processamento de Gás Natural do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) em outubro de 2017.

Entretanto, a estatal busca ainda um sócio estratégico para avançar no projeto para a construção de uma unidade no Comperj. "Buscamos alguém com apetite de fazer negócio. Pode ser investidor estrangeiro ou brasileiro mesmo. Teremos solução para o Comperj. É um bom ativo."

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