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Petrobras gastará US$5,6 bi em produtividade de poços

Do total, 500 milhões de dólares já estavam previstos no orçamento da companhia e 500 milhões são adicionais ao plano de investimentos da estatal

A Petrobras disse que problemas no poço Espinal, na Colômbia, levou a uma redução de 2,7% em sua produção em instalações internacionais (Bruno Veiga/Divulgação/EXAME)

A Petrobras disse que problemas no poço Espinal, na Colômbia, levou a uma redução de 2,7% em sua produção em instalações internacionais (Bruno Veiga/Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 23h14.

Rio de Janeiro - A Petrobras vai gastar 5,6 bilhões de dólares até 2016 para aumentar a eficiência e reverter a queda de produtividade de poços que já operam há bastante tempo na bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Do total, 500 milhões de dólares já estavam previstos no orçamento da companhia e 500 milhões são adicionais ao plano de investimentos da estatal, informou a empresa nesta segunda-feira.

Os 4,66 bilhões de dólares restantes serão fruto da economia gerada com as melhorias e serão desembolsados como custeio de troca de equipamentos e reformas.

O plano de aumento de produtividade não prevê ações em todos os poços da Bacia de Campos, mas abrange um quarto da produção da empresa no Brasil, disse Solange Guedes, gerente executiva de engenharia de exploração e produção da companhia, em conferência com jornalistas no Rio de Janeiro.

"Não dá para dizer que a produção vai aumentar, mas a gestão da depreciação vai melhorar e essa diminuição da produção se dará de forma mais controlada", afirmou ela.


A iniciativa prevê 15 intervenções que incluem manutenção de equipamentos, troca de sistemas submarinos, retomada de obras paralisadas e padronização de equipamentos --para facilitar compras e pedidos aos fornecedores.

Os poços onde haverá intervenção estão há mais de 20 anos em funcionamento e já têm declínio na produção.

A Petrobras pretende agir em campos como Anequim, Cherne Vermelho e Carapeba.

Campos conhecidos e de grande produção como Marlim Sul, Roncador e Marlim Leste não fazem parte do projeto, porque ainda não atingiram o nível de queda na produção das outras áreas.

"Temos no alvo do programa 31 sistemas de produção que equivalem a um quarto da produção da empresa no país. São campos antigos e plataformas com 13 a 35 anos de atividade", disse a executiva.

Técnicos da empresa estimam que a produtividade nas áreas onde haverá intervenção esteja num índice de 71 por cento. Caso não houvesse melhorias, este índice poderia cair.

Com o projeto, a expectativa é atingir um índice de produtividade de 90 por cento até 2018, embora a empresa não tenha deixado claro o volume total de petróleo que espera produzir a mais a partir das reformas e trocas de equipamentos.

Os campos onde a Petrobras agirá perdiam em média uma capacidade de 25 mil barris por dia anualmente e a projeção é reduzir bastante este ritmo, embora seja inviável paralisar totalmente a depreciação de áreas antigas, onde tem havido exploração durante décadas, disseram os técnicos.

As ações da petroleira operavam em alta de 0,2 por cento por volta das 16h10 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa registrava alta de 0,65 por cento.

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