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Petrobras estuda congelar expansão internacional

A estatal deverá se concentrar em otimizar os investimentos no mercado externo no lugar de fazer novos aportes

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva, em Nova York (.)

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva, em Nova York (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Nova York - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que a estatal deverá se concentrar em otimizar os investimentos no mercado externo no lugar de fazer novos aportes. "Eu diria que agora vamos congelar nossa expansão e otimizar o que já temos internacionalmente", afirmou o executivo, durante entrevista coletiva em Nova York.

Gabrielli evitou dizer se essa decisão tem relação com as incertezas no mercado externo, especialmente na Europa. O executivo ressaltou que a Petrobras já está presente em 27 países e que investir em novas campanhas exploratórias sempre representa um risco. Gabrielli negou que a estatal tenha investimentos no Irã. "Já perfuramos dois poços, mas hoje não temos nenhuma atividade no país."

O presidente da estatal afirmou que a empresa conseguirá cumprir com o plano de investimentos de R$ 88,5 bilhões previstos para este ano. No primeiro trimestre, a Petrobras investiu R$ 17 bilhões. Segundo Gabrielli, é normal que os investimentos sejam mais fracos no início do ano, período de verão no Brasil. Para ele, a estatal não deve ter dificuldade para cumprir a meta. Normalmente, a Petrobras consegue investir de 85% a 90% do previsto para o ano.

Gabrielli voltou a dizer que o plano de capitalização será mantido com ou sem a aprovação no Senado da cessão onerosa. O executivo disse que a votação deveria ocorrer no dia 25 de maio, sem saber que hoje o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que o projeto deve ser votado no dia 9 de junho. "Ele (Jucá) sabe melhor do que eu", afirmou Gabrielli, ao ser informado pelos jornalistas sobre o anúncio do senador.

O presidente da Petrobras afirmou ainda que a capitalização via títulos públicos que deverá ser adotada pela União também seria válida para os demais acionistas da empresa. "Isso é uma possibilidade, mas não há nenhuma decisão ainda a esse respeito. Por uma questão de justiça, todos os acionistas devem ter os mesmos direitos." O executivo recusou-se a estimar o valor potencial da capitalização, que deverá ocorrer em julho. "Qualquer número é especulação", ressaltou.

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