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Petrobras está com caixa 'confortável', diz Barbassa

Rio - A Petrobras está em posição "confortável" de caixa para reavaliar suas necessidades de captação este ano e até mesmo abrir mão dos R$ 20 bilhões disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para seus investimentos em 2010, disse hoje o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.   Segundo ele, tomar […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Rio - A Petrobras está em posição "confortável" de caixa para reavaliar suas necessidades de captação este ano e até mesmo abrir mão dos R$ 20 bilhões disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para seus investimentos em 2010, disse hoje o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

Segundo ele, tomar ou não este financiamento é uma decisão que não depende exclusivamente da aprovação do processo de capitalização previsto no marco regulatório. "A Petrobras tem uma liquidez bem maior do que um ano atrás. A empresa foi beneficiada com o aumento do valor médio do barril de petróleo no decorrer de 2009. Isso teve impacto positivo em seu caixa", disse Barbassa.

Em 2009, o preço do barril de petróleo fechou na média de US$ 62 no mercado internacional, valor que supera em US$ 22 o preço estimado pela estatal como base para referendar seu Plano de Investimentos para o período de 2009-2013. Na ocasião, em janeiro de 2009, o diretor lembrou que se o barril permanecesse na casa dos US$ 40 ao longo do ano e se mantivesse nesta faixa em 2010, a estatal precisaria captar R$ 20 bilhões para cumprir os investimentos previstos. O valor foi pré-aprovados pelo BNDES, juntamente com um financiamento de R$ 25 bilhões, já sacados no ano passado pela estatal.

Barbassa também destacou ao longo de 2009 que para cada dólar acima dos US$ 40 usados de base, na média anual do barril, a companhia teria em caixa um extra de US$ 500 milhões. Isso poderia tornar uma nova captação desnecessária ou mesmo promover um aumento no volume a ser investido, devido ao caixa extra somado ao crédito pré-aprovado. "O financiamento pré-aprovado pelo BNDES nos dá uma folga maior. Num dado momento poderemos até dispor deste dinheiro, mas pelo menos até meados do ano isso não será necessário", comentou, descartando também a perspectiva de a companhia fazer outras captações num curto prazo.

O diretor lembrou ainda que a capitalização da estatal - que pode render até US$ 50 bilhões, segundo cálculos preliminares de analistas de instituições financeiras especializados no setor de petróleo - está prevista para acontecer até meados de 2010. "Temos a expectativa de que até o final do primeiro semestre o marco regulatório terá sido aprovado. Se houver atraso nesta votação, passado este período, vamos reavaliar nossa condição de caixa. Mas nem assim é certeza que precisaremos usar o financiamento do BNDES. Tudo depende de uma série de fatores, entre eles o preço do barril à época", comentou.

A Petrobras está realizando no momento a revisão do seu plano de investimentos, agora para incluir o período de 2010-2014. Analistas estimam que o novo programa deverá superar os US$ 200 bilhões, ante os US$ 174,4 bilhões previstos anteriormente. Recentemente, Barbassa argumentou que os novos valores seriam anunciados apenas após a aprovação do novo marco regulatório do setor, e não mais ao final do primeiro trimestre como previsto anteriormente.

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