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Petrobras espera vender até US$ 57 bi em ativos até 2018

A companhia acelerou estudos sobre os ativos listados para desinvestimentos entre 2017 e 2018, como forma de responder às desconfianças do mercado


	Sob gestão da Petrobras estão cerca de 20 termelétricas, que acumularam ganhos nos últimos anos com o alto valor cobrado pela geração elétrica emergencial
 (Germano Lüders / EXAME)

Sob gestão da Petrobras estão cerca de 20 termelétricas, que acumularam ganhos nos últimos anos com o alto valor cobrado pela geração elétrica emergencial (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 10h05.

Rio - O conselho de administração da Petrobras pode analisar já no próximo encontro, no dia 24, novas vendas de ativos. Há a expectativa de que algumas negociações em nível avançado, como a da Gaspetro, possa ser apreciada no encontro.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a companhia acelerou estudos sobre os ativos listados para desinvestimentos entre 2017 e 2018, como forma de responder às desconfianças do mercado sobre a viabilidade do plano que prevê vender até US$ 57 bilhões em ativos.

A relação deve ser detalhada aos conselheiros no próximo encontro. Na lista entrariam as termelétricas, fábricas de fertilizantes, ativos do setor petroquímico e de biocombustíveis.

O foco inicial é fechar a venda na área de gás, considerada a de maior potencial de atrair os investidores. Em seguida, o atual comando da estatal pretende avançar nas conversas para a venda de ativos do setor petroquímico e de biocombustíveis.

A Petrobras detém hoje 36% do capital total da Braskem, principal empresa do setor.

Além disso, a petroleira tem três unidades de fertilizantes e uma em construção, que teve os investimentos suspensos até 2019, conforme o novo plano de negócios.

Sob gestão da Petrobras estão cerca de 20 termelétricas, que acumularam ganhos nos últimos anos com o alto valor cobrado pela geração elétrica emergencial.

Outro tema que deve ser debatido na próxima reunião do conselho é a reestruturação organizacional da empresa. Uma das unidades extintas seria a petroquímica, que passaria a ser subordinada à área de refino e abastecimento.

Isso já ocorreu com a área internacional, que passou a ser vinculada à área de Exploração e Produção.

Com a redução de tamanho da estatal após a rodada de venda de ativos, a expectativa é que se consiga enxugar o quadro de funcionários.

De acordo com o último plano de negócios, a Petrobras projeta gastos de US$ 142 bilhões até 2019 com despesas operacionais e custos fixos.

Segundo fontes, a companhia apresentou aos conselheiros estimativas para cortar entre 10% e 30% desses custos, com "ações para ganhos de produtividade”, que incluem a "racionalização das estruturas” de negócio e "otimização de custos de pessoal”.

Desinvestimento

A negociação que hoje está em nível mais adiantado dentro da Petrobras é a de ativos e participações da subsidiária de gás da companhia, a Gaspetro, conduzidas pelo Itaú BBA.

O fatiamento das participações por regiões, para ofertar em conjunto aos investidores interessados, está em análise. A fonte, com conhecimento das negociações, indica que estão em negociação as vendas da malha de gasodutos e suas operadoras, como a Transportadora Associada de Gás (TAG), focada no Norte, Nordeste e Sudeste, e na Transportadora Brasileira Gasoduto Brasil-Bolívia (TBG), concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Subsidiária integral da Gaspetro, a TAG tem em análise a venda de até 80% da participação da estatal.

O modelo ainda não está definido, pois havia a preferência, entre executivos da Petrobras, de que a estatal mantivesse o controle acionário, vendendo apenas 49% da sua participação.

A mesma avaliação seria aplicada à TBG, onde a estatal tem apenas 51%. Entretanto, diante da necessidade de caixa, e com a ambiciosa meta de desinvestimentos, a venda de maiores fatias dos ativos está prevalecendo na companhia.

A venda das participações nas operadoras seria uma antecipação da Petrobras à Lei do Gás, de 2009, que quebrou o monopólio da operação dos gasodutos.

Com a decisão, a estatal não poderia ser, ao mesmo tempo, proprietária e usuária dos gasodutos.

Para continuar utilizando a malha para transportar seus produtos, a companhia teria de repassar o comando das empresas que operam os dutos.

A Petrobras não comenta "hipotéticas” negociações de ativos, e indica que informações "concretas" serão divulgadas ao mercado por meio de Fato Relevante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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