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Petrobras espera retomar desinvestimentos em velocidade máxima

Na quarta-feira, dia 8, o TCU poderá votar o processo que avalia a venda de ativos da Petrobras

Pedro Parente: "Estamos discutindo com o TCU algumas mudanças no nosso programa de parcerias e desinvestimentos. Achamos que teremos boas notícias em breve" (Nacho Doce/Reuters)

Pedro Parente: "Estamos discutindo com o TCU algumas mudanças no nosso programa de parcerias e desinvestimentos. Achamos que teremos boas notícias em breve" (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2017 às 21h32.

Rio - A Petrobras espera que "provavelmente em duas semanas" tenha sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) e, então, possa recomeçar o programa de desinvestimentos da companhia em "velocidade máxima", afirmou nesta segunda-feira, 6, o presidente da estatal, Pedro Parente.

Na quarta-feira, dia 8, o TCU poderá votar o processo que avalia a venda de ativos da Petrobras, embora a pauta do tribunal ainda não tenha sido publicada.

O tribunal suspendeu a venda de ativos da petroleira em dezembro após detectar irregularidades.

"Estamos discutindo com o TCU algumas mudanças no nosso programa de parcerias e desinvestimentos. Achamos que teremos boas notícias em breve. Provavelmente, em duas semanas, teremos esse assunto resolvido e então poderemos recomeçar o programa a velocidade máxima", disse Parente a jornalistas durante evento promovido pela consultoria IHS em Houston, nos Estados Unidos, conforme áudio ao qual o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso.

Questionado, o presidente da Petrobras não informou quais serão os próximos ativos a serem vendidos no programa. "É algo que anunciaremos tão logo tenhamos essa nova forma (do programa de parceria e desinvestimentos) aprovada pelo TCU", afirmou Parente.

O executivo citou apenas que a companhia tem "um amplo leque de ativos". Parente citou a operação de transporte de gás, que já foi vendida ao fundo canadense Brookfield, campos de petróleo em águas rasas e a BR Distribuidora.

"São vários ativos que vão adicionar, no fim, mais US$ 19 bilhões em parcerias e investimentos, para os próximos dois anos, incluindo este ano", disse Parente.

O presidente da estatal também demonstrou confiança na reversão, na Justiça, de ações judiciais que contestam a venda de ativos. "Já conseguimos reverter algumas delas. Restam ainda duas ou três a reverter e vamos trabalhar nelas", afirmou Parente.

Além disso, Parente voltou a afirmar que a empresa não é formadora de preços e reage apenas às cotações internacionais quando determina seus preços de combustíveis. Questionado, o executivo disse que não pode anunciar aumentos ou baixas nos preços dos combustíveis.

"O mercado anuncia aumentos ou baixas. Não sou eu, não é a Petrobras. Não somos formadores de preço. Só reagimos aos mercados internacionais. Isso é uma commodity e o mercado faz os preços para commodities. Como qualquer commodity, o que estamos fazendo é apenas reagir a novos níveis de preços tanto do Brent quanto dos combustíveis e do câmbio. É uma coisa muito importante de deixar claro para a sociedade brasileira: nós não formamos preços", afirmou Parente.

O executivo também negou que atrasos na contratação de navios-plataformas (FPSOs) para o campo de Libra, no pré-sal, possam atrapalhar o cronograma de produção.

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