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Petrobras espera entrar com ação contra membros da Lava Jato

As medidas que podem ser tomadas incluem ações cíveis contra os membros do cartel


	Sede da Petrobras no Rio: a estatal pontua que as investigações internas e externas ainda estão em andamento
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Sede da Petrobras no Rio: a estatal pontua que as investigações internas e externas ainda estão em andamento (REUTERS/Sergio Moraes)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 13h49.

São Paulo - Em notas explicativas que acompanham as informações trimestrais, a Petrobras detalha o andamento das investigações e medidas que serão tomadas em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, cujas perdas com as operações fraudulentas são estimadas em R$ 6,194 bilhões. As medidas que podem ser tomadas incluem ações cíveis contra os membros do cartel.

A Petrobras pontua que as investigações internas e externas ainda estão em andamento, mas que já toma medidas jurídicas necessárias perante as autoridades brasileiras para buscar ressarcimento pelos prejuízos sofridos, incluindo aqueles relacionados à sua reputação.

Segundo as notas explicativas, "à medida que as investigações da Operação Lava Jato resultem em acordos de leniência com os membros do cartel ou acordos de colaboração com indivíduos que concordem em devolver recursos, a Petrobras pode ter direito a receber uma parte de tais recursos".

A Petrobras também espera fazer ações cíveis contra os membros do cartel como autora, que podem resultar em reparações por danos materiais, multas e morais. "A companhia teria direito aos danos materiais e, possivelmente, às multas.

Uma vez que ingresse como autora nas ações, a companhia também poderá pleitear danos morais".

A Petrobras reiterou que não tolera corrupção ou quaisquer práticas de negócio ilegais por fornecedores ou empregados. Dessa forma, realiza ações para apurar irregularidades e melhorar a governança corporativa, que incluem a constituição de Comissões Internas de Apuração (CIA); a contratação de escritórios independentes de advocacia - Gibson, Dunn & Crutcher LLP e Trench, Rossi e Watanabe; cooperação com Polícia Federal, Ministério Público Federal, Poder Judiciário, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU); bloqueio das empresas membros do cartel; instituição do cargo de Diretor de Governança, Risco e Conformidade; e a formação de Comitê Especial para servir como interlocutor entre conselho de administração e os escritórios de advocacia.

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