Rio - A Petrobras vai instalar quatro plataformas na área de Libra, da Bacia de Santos, uma a cada ano a partir de 2020, quando entra em operação o primeiro sistema definitivo. Essa plataforma terá capacidade de produzir 180 mil barris por dia (bpd), a partir de 17 poços.

Segundo o gerente executivo de Libra, Fernando Borges, a empresa ainda analisa a capacidade da segunda unidade a ser instalada, mas já definiu que terá de 120 mil bpd a 180 mil bpd, dependendo da decisão de reinjetar ou não o gás que será produzido.

"Em princípio, não pensamos em Libra como exportador de gás. Hoje, é mais econômico reinjetar todo o gás para aumentar o fator de recuperação de óleo", afirmou Borges em entrevista à Agência Petrobras, divulgada no site da empresa.

As quatro plataformas vão ser instaladas na região noroeste de Libra, que tem apresentado "ótimos resultados" na fase exploratória, segundo o executivo.

"Vamos começar com os testes de longa duração em meados do ano que vem na área noroeste", disse Borges, complementando que a ideia é antecipar a produção na região, enquanto amplia o esforço exploratório no restante de Libra. "Se queremos produzir logo, temos que começar por lá", afirmou.

Dos 17 poços que serão perfurados no projeto piloto, oito serão produtores e nove, injetores. "Devido à boa produtividade, nós devemos trabalhar com cinco produtores no início e uns seis injetores e deixar de cinco a seis poços para implantar mais tarde. Os outros poços devem entrar de quatro a cinco anos depois de iniciada a produção", detalhou o gerente da Petrobras.

Libra é operado pela estatal, que tem como sócias a Shell, Total e as chinesas CNCC e CNOOC.