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Petrobras discute vender BR Distribuidora com mais de 90 empresas

As negociações da BR Distribuidora não devem ser concluídas ainda este ano, afirmou diretor

BR Distribuidora: o processo ainda está em fase "muito preliminar", disse diretor de Operações da Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)

BR Distribuidora: o processo ainda está em fase "muito preliminar", disse diretor de Operações da Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 19h29.

Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 19h55.

São Paulo - O diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nelson Silva, afirmou que a petroleira contatou mais de 90 empresas no processo de venda da BR Distribuidora e distribuiu prospectos. A jornalistas durante evento em São Paulo, o executivo disse, porém, que o processo ainda está em fase "muito preliminar".

O executivo foi questionado sobre a capacidade de a Petrobras alcançar a meta de R$ 15 bilhões em vendas de ativos nos anos de 2015 e 2016. Ele considerou que a companhia acredita que isso será possível, em especial porque há várias negociações em curso.

As negociações da BR Distribuidora não devem ser concluídas ainda este ano, afirmou Silva, mas ele respondeu que outros processos, como o da Guarani e da Liquigás, estão em fases mais avançadas. Os dois negócios foram considerados prováveis de serem concluídos ainda este ano, mas o executivo afirmou que não há prazos definidos. "O importante é que são negócios que estão em andamento e na fase final", declarou.

O diretor foi questionado ainda sobre qual deveria ser o nível de participação da Petrobras nos próximos leilões do pré-sal e se seria possível que a petroleira já fizesse uso da desobrigação de participar com ao menos de 30% de blocos contratado sobre o regime de partilha. Para Silva, porém, ainda é prematuro discutir o assunto.

"É muito cedo pra dizer, não temos datas e não sabemos o que vai ser colocado, é muito prematuro fazer avaliação", disse.

O executivo ainda comemorou a elevação do rating da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody's, anunciada nesta sexta-feira, 21. A agência elevou os ratings de B3 para B2, citando menor risco de liquidez e perspectivas de melhor desempenho operacional da companhia no médio prazo. Ao mesmo tempo, a perspectiva dos ratings foi alterada de negativa para estável.

Questionado sobre se a companhia estaria mais próxima de recuperar o grau de investimento, Silva afirmou que essa reconquista deverá ocorrer "passo a passo"."Temos ainda que executar o plano e entregar os resultados, esperamos que a percepção melhore ao longo do tempo", concluiu.

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