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Petrobras contrata Itaú BBA para vender fatia na Guarani

A principal candidata é a Tereos International, companhia brasileira que já possui 54,1% da empresa de cana-de-açúcar, segundo fontes

Guarani: o negócio pode ser concluído neste ano, disse uma das fontes (Divulgação)

Guarani: o negócio pode ser concluído neste ano, disse uma das fontes (Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 17h44.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 17h47.

São Paulo/Rio de Janeiro -  A Petrobras contratou o Banco Itaú BBA para assessorar a venda de sua participação de 45,9 por cento na empresa de cana-de-açúcar Guarani, segundo três pessoas com conhecimento direto do assunto.

A principal candidata é a Tereos International, companhia brasileira que já possui 54,1 por cento da Guarani, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões são privadas.

A Tereos está trabalhando com o Banco do Brasil como assessor, disseram as pessoas. O negócio pode ser concluído neste ano, disse uma das pessoas.

A Petrobras, petroleira mais endividada do mundo, está vendendo todos os seus ativos de biocombustíveis, informou a companhia com sede no Rio de Janeiro em 19 de setembro, como parte do plano para reduzir dívidas e se concentrar na produção de petróleo.

A empresa vendeu quase US$ 10 bilhões em ativos neste ano.

A Petrobras cumprirá sua meta de US$ 15,1 bilhões no fim de dezembro, disse o presidente da empresa, Pedro Parente, em 7 de outubro. O etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar e usado normalmente como combustível no Brasil.

A Petrobras, a Tereos, o Itaú BBA e o Banco do Brasil preferiram não comentar sobre a participação na Guarani.

Capacidade de esmagamento

Uma de suas unidades, a Petrobras Biocombustível, injetou R$ 1,6 bilhão (US$ 500 milhões) na Guarani entre 2010 e 2016.

A Guarani, uma das maiores empresas de cana-de-açúcar brasileiras, possui sete usinas no Estado de São Paulo com capacidade combinada de esmagamento de 21,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Trata-se de um aumento de cerca de 20 por cento na comparação com 2010, quando a Petrobras realizou sua primeira injeção de capital.

A Petrobras tem mais de 30 projetos avaliados em cerca de US$ 40 bilhões disponíveis para possíveis compradores, disse Parente em 10 de outubro.

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