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Petrobras antecipará para 2018 meta de redução de alavacagem

A companhia buscou referências de outras empresas para balizar a elaboração da principal meta financeira do novo plano de negócios


	Petrobras: "era uma métrica para 2020 e resolvemos antecipar para 2018 e não chancelar o aumento de risco em relação aos títulos de dívida da companhia", disse o diretor financeiro Ivan Monteiro
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: "era uma métrica para 2020 e resolvemos antecipar para 2018 e não chancelar o aumento de risco em relação aos títulos de dívida da companhia", disse o diretor financeiro Ivan Monteiro (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 16h49.

Rio - A recuperação do investment grade foi determinante para a antecipação da meta de redução de alavancagem da Petrobras, para 2,5 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda, disse o diretor financeiro Ivan Monteiro.

De acordo com o executivo, a companhia buscou referências de outras empresas que mantêm o rating das agências de classificação de risco para balizar a elaboração da principal meta financeira do novo plano de negócios.

"Era uma métrica para 2020 e resolvemos antecipar para 2018 e não chancelar o aumento de risco em relação aos títulos de dívida da companhia. Isso foi determinante para a discussão", afirmou o executivo, em teleconferência com analistas.

Nas considerações finais, o presidente da estatal, Pedro Parente, resumiu a aposta da empresa com o novo plano. "É um plano ousado, mas factível. Temos absoluta convicção da relevância do plano", afirmou.

O diretor Ivan Monteiro ainda explicou que os números do plano não trazem previsões nominais de perdas com a class action movida nos Estados Unidos ou com a perspectiva de aporte no fundo de previdência dos trabalhadores, a Petros.

"Todos os valores que envolvem disputas judiciais são acompanhados no plano. A companhia tem a sua atribuição de risco a cada um deles. Cada um desses processos envolve discussões administrativas ou jurídicas", disse.

A Justiça dos Estados Unidos suspendeu no início de agosto por tempo indeterminado o julgamento da ação coletiva contra a Petrobras, movida pelos acionistas em função dos prejuízos provocados pela corrupção revelada na Operação Lava Jato.

A suspensão foi determinada pela Corte de Apelação após recursos movido pela própria estatal. "Não há como atribuir valor", disse Monteiro.

"O que colocamos no plano não é só ter conhecimento do risco a que estamos sujeitos, mas efetivamente gerenciá-los e considerá-los com o impacto de comportamento dessas variáveis no plano. Isso é bastante diferente do que ocorria e terá impacto importante na execução do plano", completou.

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