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Petrobras abre mão de refinarias, mas ainda dita preços de combustíveis

Estatal se desfez de cerca de 80 empreendimentos, entre gasodutos e refinarias, desde 2011, mas mercado de combustíveis segue sem concorrência

Só este ano, gasolina e diesel já subiram cerca de 45% nas bombas e mais de 60% nas refinarias da Petrobras (Sergio Moraes/Reuters)

Só este ano, gasolina e diesel já subiram cerca de 45% nas bombas e mais de 60% nas refinarias da Petrobras (Sergio Moraes/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de novembro de 2021 às 10h00.

Última atualização em 7 de novembro de 2021 às 10h02.

Uma década depois de a Petrobras ter iniciado um ambicioso programa de venda de alguns de seus negócios, a estatal ainda deixa pouco espaço para a concorrência.

Desde 2011, a empresa já se desfez de 80 ativos, como campos de petróleo, refinarias e gasodutos. Mesmo assim, ainda responde pela operação de 92% da produção de óleo e gás, 98% do refino para a produção de combustíveis e entre 80% e 85% do abastecimento de gasolina e diesel.

A presença maciça da Petrobras e obstáculos técnicos e regulatórios para ampliar a competição no setor dificultam um alívio em preços como os dos combustíveis em momentos de alta do petróleo no mercado global, como agora.

Só este ano, gasolina e diesel já subiram cerca de 45% nas bombas e mais de 60% nas refinarias da estatal.

Em 2019, a Petrobras firmou com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência no país, um acordo de venda de ativos em gás e refino para suspender um inquérito administrativo sobre suposto abuso de posição dominante.

Mesmo com a venda de subsidiárias como BR Distribuidora e Liquigás, de distribuição de botijões, os preços não cederam. O gás de cozinha (GLP) subiu 36% só neste ano, e o GNV, para carros, 33%.

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