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Luísa Melo
Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h09.
São Paulo - Uma pesquisa divulgada pela consultoria PriceWaterHouseCoopers (PwC) confirma o que o mercado já mostra há algum tempo: as empresas estão cada vez mais preocupadas em inovar. Dos 264 presidentes de empresas ouvidos pela PwC no mundo todo, em maio deste ano, 97% consideram prioridade investir em inovação.
"A inovação é um pré-requisito para a sobrevivência... Certifico-me de que a minha equipe de gestão tem a atitude certa para a mudança e desafia o modelo", disse um executivo da Europa Ocidental, segundo o documento.
Ainda segundo o levantamento, é na Ásia-Pacífico e América do Norte que a preocupação quanto à inovação é maior. Nesses lugares, todos os presidentes entrevistados disseram que essa é uma área importante em suas empresas. Já na Europa Central e Oriental, 18% dos executivos disseram que inovar não é prioridade, bem como 10% no Oriente Médio.
Mais peso
Um outro ponto importante revelado pela pesquisa é sobre a mudança na relação entre operações e iniciativas de inovação, por parte dos homens de negócios. Em geral, no mundo todo, 64% dos CEOs acreditam que a inovação é tão importante quanto a eficiência operacional de suas companhias. Na América Latina, 71% dos executivos compartilham da opinião, enquanto que no Oriente Médio, a metade pensa dessa forma.
"Eu acredito que a inovação está transmitindo valor em diferentes formas. O que realmente muda é a forma como você transmite esse valor para os clientes, e como você extrai essa informação a partir deles", disse um CEO latino-americano.
Uma mudança no papel dos presidentes, quanto à inovação, também foi observada nos resultados do levantamento. Muitos deles admitem estar diretamente envolvidos nas ações referentes ao tema dentros de suas empresas: 37% afirmam serem “líderes” na área, e 34% se dizem “visionários” em inovação. Uma pesquisa similar realizada há três anos, revelava que apenas 12% dos entrevistados na época lideravam estratégias desse tipo.
A PwC ainda revela que os executivos estão planejando inovar em diversas áreas nos próximos três anos, com destaque para o setor de produtos (26%), seguido pelo modelo de negócios (17 %), quando considerada apenas a primeira escolha.