Odebrecht: na última semana, dois funcionários do governo de García foram detidos por seus vínculos com os subornos confessados pela empreiteira (foto/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 20h39.
Lima - Após encerrar o contrato com o consórcio liderado pela Odebrecht para construir um gasoduto no sul do Peru, o governo espera retomar o projeto rapidamente. O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou que um novo leilão poderia ocorrer em nove meses.
"Nós queremos ver algumas modificações para possivelmente reduzir o custo do investimento no oleoduto", afirmou Kuczynski. O Peru cancelou o contrato na terça-feira, após o consórcio não conseguir cumprir um prazo para conseguir financiamento, em meio ao escândalo de corrupção que envolve a Odebrecht. O gasoduto transportará gás barato da Amazônia para moradores e indústrias no sul do Peru antes de chegar à costa.
Em Lima, uma réplica do Cristo Redentor do Rio de Janeiro que a Odebrecht deu de presente ao Peru em 2011, quando o país era governado por Alan García, foi vítima de um ato de vandalismo.
"Odebrecht fora do país", "Alan culpado", "Não roubarás" e "Julguem García" eram as frases escritas nas cores verde e azul na estátua.
Na última semana, dois funcionários do governo de García foram detidos por seus vínculos com os subornos confessados pela Odebrecht à promotoria peruana para ganhar a construção do metrô em Lima.
O ex-vice-ministro de Comunicações, também do governo García, está foragido e as autoridades emitiram ordem de prisão internacional. Presidente da Corte Suprema de Justiça do Peru, Duberlí Rodríguez disse que os subornos da Odebrecht poderiam resultar na captura de 100 pessoas no país. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.