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Peru pede que ex-sócios da Odebrecht não participem de licitações

Graña y Montero, maior construtora do Peru, foi denunciada pela procuradoria peruana por haver supostamente participado do pagamento de propina

Odebrecht: governo peruano quer retirar empresas ligadas à Odebrecht dos processos de licitação para reconstruir zonas afetadas por graves inundações no país (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: governo peruano quer retirar empresas ligadas à Odebrecht dos processos de licitação para reconstruir zonas afetadas por graves inundações no país (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de maio de 2017 às 09h00.

Lima - O primeiro-ministro do Peru, Fernando Zavala, pediu na quarta-feira a empreiteiras acusadas de corrupção que não participem dos processos de licitação para reconstruir zonas afetadas por graves inundações no país.

A Graña y Montero, maior construtora do Peru e ex-sócia da Odebrecht, foi denunciada pela procuradoria peruana pelo crime de conluio por haver supostamente participado do pagamento de propina.

"Quero enviar uma mensagem clara às empresas que integraram o consórcio de obras que agora são questionadas... creio que, até que se esclareça o tema das investigações, não deveriam participar do processo de reconstrução", disse Zavala em uma coletiva de imprensa.

Segundo Zavala, isso lhes "daria a possibilidade de demonstrar, após as investigações, como atuaram. Mais que proibir, é instar estas empresas a não participar", acrescentou o premiê, exibindo uma mudança de posição.

Na semana passada Zavala havia dito que a restrição legal para que uma empresa tenha contratos com o Estado, inclusive aquelas que participaram de consórcios com a Odebrecht, é que exista uma sentença judicial de culpa.

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