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Peru cancelará contrato de gasoduto com Odebrecht, diz ministro

Parceiros do consórcio perderam concessão de crédito de um grupo de bancos que condicionou o empréstimo à saída da Odebrecht do projeto

Odebrecht: ministro também informou que o governo peruano não vai compensar o consórcio por investimentos já realizados no projeto (Mariana Bazo/Reuters)

Odebrecht: ministro também informou que o governo peruano não vai compensar o consórcio por investimentos já realizados no projeto (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 14h15.

Lima - O Peru comunicará ao consórcio liderado pela Odebrecht que cancelou o contrato para a construção de um gasoduto no sul do país, porque o grupo não conseguiu financiamento, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia peruano, Gonzalo Tamayo.

Os parceiros do consórcio tinham um prazo até esta segunda-feira para obter 4,125 bilhões de dólares, mas um grupo de bancos condicionou o crédito à saída da Odebrecht do projeto, em um momento no qual se investiga se a empresa brasileira pagou subornos para obter contratos de obras públicas no Peru.

O ministro também informou que o governo peruano não vai compensar o consórcio por investimentos já realizados no projeto.

O consórcio já havia anunciado na sexta-feira que devolveria ao governo a concessão do projeto de 7,2 bilhões de dólares - um dos maiores montantes para um projeto privado no país andino - para uma nova licitação.

"O termo (para fechar o financiamento) expira hoje (segunda-feira) e amanhã (terça-feira) estaremos comunicando a rescisão do contrato e a execução da maior carta fiança de cumprimento", disse o ministro à rádio local RPP.

De acordo com Tamayo, o valor da fiança é de 262 milhões de dólares e serve como uma multa por quebra de contrato.

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