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Perdigão compra Eleva e ultrapassa Sadia

Com aquisição de 2 bilhões de reais, companhia se torna a maior do país no setor de alimentos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 16h26.

A Perdigão está concluindo nesta terça-feira a aquisição da empresa gaúcha Eleva por um valor estimado em cerca de 2 bilhões de reais. Segundo EXAME apurou, as negociações estão em sua fase final e o anúncio pode ser feito nas próximas horas.

A Eleva é dona de marcas como Avipal (uma das líderes no mercado de carne de frango) e Elegê (umas das líderes do mercado de laticínios). No último dia 19, as duas empresas comunicaram que negociavam uma fusão de suas operações.

Com a aquisição, a Perdigão atinge uma marca histórica: ultrapassa a arqui-rival Sadia em faturamento, tornando-se a maior empresa brasileira de alimentos. No ano passado, as receitas de Perdigão e Eleva atingiram 8,2 bilhões de reais. A Sadia faturou 7,9 bilhões no período. Em 2006, a Perdigão foi alvo de uma oferta hostil de aquisição por parte da Sadia. A proposta foi rejeitada.

Além do fator simbólico, a Perdigão ganha força em segmentos estratégicos, como o mercado de leite. No ano passado, a companhia adquiriu a tradicional Batávia. Com a absorção da marca Elegê, a Perdigão se tornaria líder no segmento: no ano passado, o mercado de laticínios representou mais da metade do faturamento da Eleva.

De acordo com dados de sua página na internet, a companhia é a maior produtora de leite longa vida das Américas. Além da investida em laticínios, a estratégia de diversificação da Perdigão incluiu a recente aquisição das marcas de margarina Becel, Doriana e Claybom da multinacional Unilever.

A Eleva é controlada pelo empresário chinês Shan Ban Chum, que deixou seu país nos anos 50 em fuga do comunismo. Em 1959, foi convidado por um grupo de conterrâneos em Porto Alegre para criar um abatedouro de frangos - a Avipal.

Em 2004, Chum iniciou uma ampla reestruturação em suas operações, que incluiu a contratação do consultor Cláudio Galleazi para cortar custos e a criação de um conselho de administração com membros independentes (entre eles, os ex-ministros Antonio Kandir e Roberto Rodrigues). Hoje, a empresa emprega 9 000 funcionários e fatura 2,1 bilhões de reais por ano

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