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Petrobras tem recorde de perdas com proibição de reajustes

A batalha do governo contra a inflação obriga a estatal a vender gasolina importada a um preço abaixo do custo


	Sem capacidade suficiente para atender à demanda, a Petrobras elevou as importações de gasolina em 65 por cento para 84.000 barris por dia no terceiro trimestre
 (Reprodução/Quatro Rodas)

Sem capacidade suficiente para atender à demanda, a Petrobras elevou as importações de gasolina em 65 por cento para 84.000 barris por dia no terceiro trimestre (Reprodução/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 08h17.

São Paulo - O prejuízo da Petróleo Brasileiro SA na área de refino já chega ao valor recorde de US$ 8 bilhões este ano. A batalha do governo contra a inflação obriga a estatal a vender gasolina importada a um preço abaixo do custo.

Sem capacidade suficiente no refino para atender à demanda, a Petrobras elevou as importações de gasolina em 65 por cento para 84.000 barris por dia no terceiro trimestre, segundo o balanço da estatal. A gasolina importada, que é vendida a cerca de 8 por cento abaixo do custo, elevou as perdas no ano na divisão de refino a subirem para R$ 17,3 bilhões, contra R$ 10 bilhões em todo o ano de 2011.

O governo da presidente Dilma Rousseff obriga a Petrobras a manter os preços da gasolina inalterados com a inflação anual acima do centro da meta de 4,5 por cento desse setembro de 2010. Esse subsídio vai causar uma perda de receita entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões em 2013, a menos que a empresa possa vender o combustível importado a preço de custo, de acordo com o Bank of America Corp.

“A demanda é alta, a economia voltou a crescer e não temos capacidade para suprir o mercado”, disse Lucas Brendler, que ajuda a administrar cerca de R$ 6 bilhões no Banco Geração Futuro de Investimento, inclusive ações da Petrobras. “Ainda não temos um superávit de capacidade de refino o País, então a Petrobras ainda vai importar esses produtos.”

A estatal pode ter que vender mais ativos ou reduzir investimentos se o conselho, controlado pelo governo, não permitir um reajuste de combustíveis, disse o diretor financeiro, Almir Barbassa, a jornalistas em Nova York em 15 de novembro.

“Os preços em 2011 e em 2012 ficaram abaixo do que imaginávamos”, disse Barbassa. “Mas ainda não temos nenhuma projeção para o reajuste.”

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