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Pela primeira vez, Twitter fatura US$ 1 bilhão em um trimestre

Número de usuários diários do Twitter disparou 21%, para 152 milhões

Twitter: O lucro operacional da empresa caiu em comparação ao mesmo período de 2018 (Alvin Chan/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Twitter: O lucro operacional da empresa caiu em comparação ao mesmo período de 2018 (Alvin Chan/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 11h50.

Nova York — Com os resultados dos últimos três meses de 2019, divulgados nesta quinta-feira, o Twitter mostrou ao mercado que é capaz de faturar alto. Pela primeira vez desde a fundação, em 2006, a companhia gerou receita de mais de US$ 1 bilhão num trimestre. O número de usuários diários disparou 21% em relação ao mesmo período de 2018, para 152 milhões. O balanço superou as expectativas do mercado, fazendo com que as ações subissem até 5% nas negociações antes da abertura da Bolsa.

Mas nem tudo são flores. O lucro operacional foi de US$ 119 milhões, ou US$ 0,15 por ação, contra US$ 225 milhões no mesmo período de 2018. A companhia também apresentou projeção de receitas entre US$ 825 milhões de US$ 885 milhões, abaixo de muitas estimativas do mercado, e informou o aumento dos custos previstos para 2020 em cerca de 20%, pelo aumento de contratações e a construção de um novo centro de dados.

Entre outubro e dezembro do ano passado, a empresa faturou US$ 1,007 bilhão, avanço de 11% em relação ao mesmo período de 2018, quando gerou receitas de US$ 909 milhões. O resultado superou o esperado por Wall Street, que previa US$ 996,7 milhões. A publicidade rendeu US$ 885 milhões, alta de 12% na comparação ano a ano. Segundo a companhia, melhorias no modelo de aprendizado de máquina permitiram a oferta de conteúdos mais relevantes, aumentando o faturamento médio por usuário em 21%.

O mercado americano continua sendo o principal para a companhia, gerando US$ 591 milhões, aumento de 17% em relação a 2018. No resto do mundo, o faturamento no período foi de US$ 416 milhões, alta de 3%, sendo o Japão o segundo maior mercado, contribuindo com US$ 139 milhões.

Segundo ano no azul

Criado em 2006, o Twitter é uma das redes sociais mais relevantes do mundo, servindo de palanque para muitos líderes globais, como o presidente americano, Donald Trump. Mas as finanças da companhia são uma preocupação constante para investidores. Após a entrada na Bolsa de Valores, em 2013, o primeiro balanço no azul foi registrado no último trimestre de 2017. O ano seguinte, 2018, foi o primeiro a registrar lucro, de US$ 1,2 bilhão.

O ano passado fechou com faturamento total de US$ 3,46 bilhões, alta de 14% em relação a 2018, com lucro líquido de US$ 1,47 bilhão.

Além dos resultados financeiros, o Twitter destacou em seu balanço trimestral as ações tomadas para tornar a rede social mais segura e saudável para os usuários. No fim do ano passado, a companhia anunciou o banimento de anúncios políticos, como medida para reduzir a interferência em processos eleitorais. Nesta semana, a empresa alterou suas políticas para remover vídeos adulterados e “deepfakes” (vídeos criados com o uso de ferramentas de inteligência artificial).

Segundo a companhia, medida estão sendo tomadas de forma proativa, com o uso de modelos de aprendizado de máquina para detectar possíveis violações das regras da plataforma. Com a remoção de mais conteúdo abusivo, a empresa registrou queda de 27% no volume de denúncias apresentadas por usuários nos últimos três meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2018.

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