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Pedidos de falência fecham o semestre com queda de 9,2%

Das 885 falências requeridas este ano, 528 foram pedidas por micro e pequenas empresas, 226 por médias e 131 por grandes


	Carteira vazia: segundo os economistas da Serasa, a queda no número de pedidos de falências é explicada porque as médias e grandes empresas estão mais conservadoras em relação à gestão financeira.
 (Getty Images)

Carteira vazia: segundo os economistas da Serasa, a queda no número de pedidos de falências é explicada porque as médias e grandes empresas estão mais conservadoras em relação à gestão financeira. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 12h30.

São Paulo - Os pedidos de falência fecharam o primeiro semestre em queda, de acordo com levantamento divulgado hoje (4) pela empresa de consultoria Serasa Experian. Foram feitos 885 pedidos em todo o país, nos seis primeiros meses do ano, número 9,2% inferior ao mesmo período do ano passado (975). Das 885 falências requeridas este ano, 528 foram pedidas por micro e pequenas empresas, 226 por médias e 131 por grandes.

Em relação às falências decretadas - 336 no primeiro semestre deste ano - houve queda de 1,5% em relação ao mesmo período de 2012. Os economistas da Serasa ressaltam que isso não reflete a conjuntura, já que muitas decisões judiciais demoram até dois anos.

O percentual de recuperações judiciais requeridas subiu 16,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2012. Nos seis primeiros meses do ano, ocorreram 460 ante 395 pedidos em 2012.

Segundo os economistas da Serasa, a queda no número de pedidos de falências é explicada porque as médias e grandes empresas estão mais conservadoras em relação à gestão financeira. Eles apontam como motivos para o conservadorismo o impacto da inflação nos custos; a correção do salário mínimo; o calendário de elevação gradual das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados); as medidas que reduzem os estímulos ao consumo; a tímida recuperação da atividade econômica; e o aumento dos juros. No caso das micro e pequenas empresas, os economistas acrescentam outro fator: o crédito mais seletivo.

As recuperações judiciais requeridas cresceram no semestre, de acordo com a Serasa, porque muitas empresas encontraram dificuldades, ante o cenário econômico atual, para exportar, ainda como reflexo da crise global, e também por conta do endividamento em dólar, agravado pela valorização da moeda americana.

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